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Quarta-Feira, 12.11.2025
Locais de Interese (Património)
Ponte Luis Filipe
A Ponte Luís Filipe , vulgarmente conhecida por Metálica de Fão, é o único exemplar representativo do período da Arquitectura do Ferro no Concelho de Esposende, está classificada como Imóvel de Interesse Público por Decreto do Governo. N.º 1, de 3 de Janeiro de 1986.


Desde meados do século XIX que os responsáveis pelos destinos do concelho de Esposende ansiavam pela construção de uma ponte sobre o Cávado que ligasse o Sul ao Norte do concelho. Desse querer nos dá conta um documento dirigido aos deputados da nação, datado de 17 de Março de 1860, em que se mencionava essa aspiração dizendo mesmo que a população do concelho estaria disposta a suportar alguns impostos destinados à sua construção.

Em 1860 foram enviados ao Governo o anteprojecto e o orçamento da obra. Para a ponte seriam necessários cerca de 12.500$000 reis.

Por Portaria de 7 de Janeiro de 1888 (Diário do Governo) determinava-se que a construção desta ponte constituiria uma empreitada geral.

Refira-se que por volta de 1870 vivia na vizinha cidade de Barcelos o célebre engenheiro francês Gustavo Eiffel. Daqui orientava uma série de obras, de entre as quais a Ponte de D. Maria, na cidade do Porto. O Eng. Abel Maria Mota era na altura um "seguidor" de Eiffel e a ele foram entregues os primeiros projectos da ponte sobre o Cávado. É por isso comum ouvir-se dizer que a Ponte de Fão é obra de Eiffel mas como se p^de observar não é o casoDesde logo afirmou ser uma obra de fácil realização pois " não havia problemas com caudais muito fortes e rápidos; o leito do rio não oferecia grandes dificuldades no assentamento dos pilares ".

Como engenheiro, foi também paisagista já que estudou de uma forma pormenorizada a implantação da nova ponte " á saída da vila de Fão no local onde o rio começava a alargar, no ponto ideal de onde começava a zona da mata de pinheiros das dunas litorais, integrando-se, portanto, perfeitamente no meio natural e humano já existente ".

Sobre este projecto foi elaborado um " catálogo descritivo e desenhos " que viera a ser mostrado numa exposição, pelo sócio A. Luciano de Carvalho, da Associação dos Engenheiros Civis Portugueses.

Toda a execução da obra foi acompanhada por um engenheiro francês de nome Reynau.

Foi inaugurada no dia 7 de Agosto de 1892.



ALGUNS DADOS TÉCNICOS SOBRE A PONTE

Esta ponte mede 267 metros, dividindo-se em 8 tramos, cada um com 38,5 m. Está assente sobre 7 pilares construídos em alvenaria. Foram colocados à base de ar comprimido descendo aos 15 m de profundidade. Primitivamente o tabuleiro era de madeira (carvalho, pinho e choupo).

Foi colocada numa das extremidades da ponte a seguinte inscrição: "Casa construtora - Empresa Industrial Portuguesa. Santo Amaro - Lisboa -1891 ".



Necrópole Medieval

Abrigada por uma área de paisagem protegida, junto ao arruamento que dá acesso ao Facho de N. Sr.ª da Bonança, no lugar das Barreiras, esta necrópole é o mais importante monumento mediévico de Fão, e um dos mais importantes cemitérios medievais da Península Ibérica.

A sua descoberta data de inícios do século XX (1924) no entanto, somente a partir de 1989 é que se procedeu a estudos científicos desta jazida.

As cerca de 200 sepulturas distribuem-se por uma área aproximada de 600 m 2 e encontram-se orientadas no sentido W-E.

Observam-se aqui vários tipos de túmulos de diferente concepção, em xisto e granito, cuja cronologia aproximada oscila entre os séculos XI e XIV, coeva da célebre Peste Negra que vitimou grande parte da população europeia.

Algumas inumações apresentam vestígios de antropomorfismo dados pelos fragmentos de telha, ou pedra, colocados à altura da cabeceira. Esta disposição respeita os princípios canónicos que ditavam que o corpo se orientasse para Jerusalém.

Na área deste "campo santo" estão ainda implantados os restos de um edifício com vários compartimentos, cuja escavação forneceu fragmentos cerâmicos e moedas que confirmam a medievalidade desta estação arqueológica.

Dada a excelente conservação dos restos ósseos, foi permitido aos antropólogos a realização de um estudo apurado sobre as características físicas da população medieval fangueira, nomeadamente os seus hábitos alimentares, estatura e causas de morte.


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Facho da Bonança

A 2 km a Poente da estrada que liga Viana do Castelo à Póvoa de Varzim, sobre um medão de areia, com cerca de 13 m de altitude, situa-se este pequeno monumento que se insere nos chamados " fachos de borda-mar" .

A Casa do Facho, construída em boa cantaria, mede cerca de 6x4 metros e teria 5 de altura.

Trata-se de uma construção quinhentista (séc. XVI) e em 1926 já se encontrava praticamente desmoronada.

A porta é estreita, de arco redondo e arestas biseladas. A encimá-la foi colocado, posteriormente (século XVII) um brasão com as armas nacionais. Segundo alguns autores (GUERRA. 1926) terá sido D. João III quem ordenou a sua construção embora sofresse, mais tarde, algumas alterações.

No interior da parede Sul, quase totalmente desmoronada, existe uma espécie de cantareira, a pouca altura do solo. Há quem lhe chame o banco dos poveiros pois aí se sentavam para comer os farnéis em dias de romaria. Também, e nessa mesma parede, existe um pequeno postigo que permitia observar uma grande área para Sul. Esta função de vigia deixou de ser possível a partir do momento em que é construída, no século XVIII, a Capela de Nossa Senhora da Bonança.

Através de documentos estudados, sabe-se que dentro deste reduto existia um poste em madeira no qual se içava uma lanterna ou caldeira acesa para avisar os navegantes.

Um período importante na vivência destes Fachos foi certamente o da Restauração. Este período de guerra (1640-1668) e a forte pirataria que assolava a costa portuguesa, obrigaram os Administradores dos Concelhos a tomarem medidas eficazes, de entre as quais a revitalização destes locais de vigia, transformando-os em postos de defesa.

Também, e por ordem de D. Miguel procurando evitar o desembarque das tropas de D. Pedro, as Ordenanças foram organizadas e daqui vigiavam a costa entre Apúlia e Esposende.



Igreja Matriz
Este Templo tem origem quinhentista embora ao longo dos séculos tenha sofrido profundas alterações.

Na porta do lado da Epístola, surge-nos uma data de 1673 embora o biselado de uma das suas portas seja característico do século XVI.

O enquadramento quinhentista deste monumento é-nos dado por um documento papal, datado de 23 de Maio de 1581, no qual Gregório XIII, através da bula "Hodie Emanarunt", atribuiu à Capela Ducal de Vila Viçosa 5/6 dos rendimentos da Igreja de S. Paio de Fão.

Também em 10 de Novembro de 1587 é passado um Alvará Régio à povoação de Fão que dizia "... hei por bem e me praz de lhes conceder a imposição de que na dita petição fazem menção ...". Trata-se de um pedido que os fangueiros fizeram chegar ao Rei para que fossem realizadas obras na sua Igreja Paroquial.

Este Alvará quinhentista confirma, desde logo, que a Igreja Paroquial é muito anterior àquela data pois, já em 1587, estava arruinada e a precisar de grandes obras.

Em 1630 este templo conhecia, de novo, a ruína o que levou a que novamente se solicitasse o beneplácito régio para proceder à reconstrução daquele monumento. Assim, em 26 de Agosto de 1639, é assinado outro Alvará Régio no qual se prorrogava a imposição de " dois ceitis em cada quartilho de vinho ", destinados à Fábrica da Igreja Matriz e reparo das areias "... que cresciam de maneira que intopiam se se lhe não acudisse ".

Em finais do século XVII a Igreja Matriz ainda não estava totalmente desassoreada e, por isso, exigia-se mais um pequeno esforço da população local. É dessa forma que em 4 de Junho de 1662, o Príncipe D. Afonso VI, assina um Alvará concedendo mais cinco anos de imposição de dois ceitis por cada quartilho de vinho vendido.

Em 1829 mais areia e mais destruição. É lançado o " Real Imposto para despejo das areias em Fão - 1826 " pois constatava-se que "... a Igreja Matriz e alguns prédios urbanos a ela imediatos quase cobertos de areia, até já por cima dos telhados, se acha a mesma Igreja de todo desareada e em grande parte alguns dos ditos prédios urbanos" .

Algumas das datas importantes referentes à Matriz de Fão:

1587 - Obras de restauro da Igreja

1639 - Continuação da imposição para as obras da Igreja.

1662 - Novamente Obras de restauro

1682 - Obras de recuperação

1835 - Obras de desassoreamento do Templo

1843 - Início dos Trabalhos na Capela-mor

1850 - Obras no telhado da Igreja e manutenção geral

1869 - Arrematação das obras da Igreja

1874 - Reforma das paredes da Igreja

1890 - Construção da Torre

Templo do Bom Jesus
Desde o século XVII que neste mesmo local existia uma pequena Capela.

Em recentes obras (1996), realizadas no interior deste templo, foi encontrada uma sepultura brasonada com o seguinte epitáfio " Sepultura de Paulo Carneiro de Figueiredo e seus herdeiros in perpetuum ano de mil seiscentos e vinte e seis ". Paulo Carneiro de Figueiredo, segundo o investigador Carlos Mariz, terá sido quem mandou construir a Casa brasonada existente na Rua Azevedo Coutinho, em Fão. Era descendente da Família Senra, de Vila do Conde.

O actual monumento enquadra-se na arquitectura de finais do século XVII, princípios do XVIII definida por uma cruz latina, abobadado de pedra e caixotões em madeira. O seu frontispício ostenta um pórtico renascença com um imponente janelão ao melhor estilo joanino.

É o modelo típico de um templo de peregrinação.

Em 1753 noticia-se que os Peregrinos, que aqui acorriam em clamores, pernoitavam no rés-do-chão da Casa das Promessas. Esta informação confirma-nos a tese do modelo de templo de peregrinação em que o cumprimento da promessa exigia a passagem por detrás do Altar-mor, por um corredor de acesso à Imagem Santa.

A sua construção é rica, salientando-se a abóbada em pedra.

Em 1707 o Senhor Arcebispo de Braga mandou os seus Visitadores à Capela do Bom Jesus de forma a darem notícia do seu estado de conservação. Verificaram o seu estado de ruína e, de imediato se providenciou para que as obras se efectuassem. É assim que se dá início ao actual Templo.

Um dos grandes impulsionadores desta obra foi o Abade de Fonte Boa Rev. Augusto Meira Carrilho.

As obras ficaram a cargo dos Mestres pedreiros Manuel Fernandes da Silva e seu pai Pascoal Fernandes.

Segundo o historiador de arte Robert Smith, Pascoal Fernandes e Manuel Fernandes da Silva foram dois grandes Mestres do barroco bracarense, ao lado de André Soares.

Em 21 de Outubro de 1711, D. João V, assinou uma Provisão em que criava o Real Imposto para custear as obras da Capela do Bom Jesus de Fão.

Em 1721/22 a Imagem Santa do Bom Jesus foi colocada no Altar da Capela-mor.

Em 28 de Abril de 1863 o Monarca D. Luís I concedeu um Alvará Régio à Irmandade do Bom Jesus de Fão, segundo o qual se nomeava Juiz Perpétuo, Patrono e Defensor daquele mesmo templo. Era uma honra para Fão e, naturalmente, motivo de orgulho para os Mesários desta Irmandade.

Perante tal distinção, os mesmos Mesários dirigiram em 20 de Dezembro de 1870, uma nova petição ao Monarca na qual solicitavam que aquele templo fosse elevado à categoria de Capela Real. A resposta àquela petição foi transmitida em 22 de Dezembro de 1871. Em Decreto de 17 de Março daquele ano Sua Magestade elege esta Igreja do Bom Jesus como Capela Real e dá-lhe todas as garantias estabelecidas para este Estatuto. No dia 1 de Maio de 1873 foi colocado o Escudo Real na fachada deste templo fangueiro.

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