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Quinta-Feira, 18.4.2024
 
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Locais de Interese (Património)
Convento Beneditino de Nossa Senhora da Purificação
A fundação do Convento Beneditino de Nossa Senhora da Purificação constitui um dos factos mais relevantes da história de Moimenta da Beira.

A licença para a sua edificação foi requerida pelo Dr. Fernão Mergulhão, em 1594, ao Papa Clemente VII.

É de traça maneirista, barroca e rococó, constituído pela igreja com o coro, duas sacristias, dormitórios, refeitório, claustros e uma pequena cerca. As sacristias: uma ainda existe; a outra foi transformada em confessionário.

O convento ostenta também um mirante suportado por seis volutas.

No corpo da igreja, destaca-se todo o conjunto do pórtico que ainda se mantém, sem alterações, desde a época da construção do primitivo edifício. Uma pequena sineira suspende-se a meio do tímpano e, sobrepujando o portal, entre este e a base do frontão, a pedra de armas dos Mergulhões, família do fundador da casa.

O interior do templo é revestido por decoração manual de azulejo de motivos geométricos e florais, tendo como tons predominantes o azul e o amarelo (datado do séc. XVI). O arco da capela-mor é semelhante a um pórtico, emoldurado e rematado por um frontão triangular sobre que se alteiam pirâmides. Os finos capitéis das pilastras são jónicos. Entre a moldura do arco e a base do frontão, campeiam de novo as armas do fundador.

Na parede do lado da Epístola, domina uma lápide com uma epígrafe.

Ainda na capela-mor, ao centro e abaixo da escadaria do altar, encontra-se uma lápide sepulcral, de jaspe, do Abade de São Clemente, com a seguinte inscrição:

AQUI JAZ
O D.OR FERNÃ
O MERGU
LHÃO FU
NDADOR
DESTE MO
STY.o ANNO
1604

Traduz-se: Aqui jaz o Dr. Fernão Mergulhão, fundador do Mosteiro. Ano 1604.

 

Ao lado do altar de São Francisco de Xavier, existe uma placa de mármore encaixada na parede com inscrição datada de 1637.

No início, o convento teve utilização cultual e devocional, verificando-se no século XVII um crescimento em número de religiosas (cerca de trinta abadessas) e em rendimentos.

No entanto, o convento acabaria por ser encerrado em 1812 por ordem do Bispo de Lamego. Os seus rendimentos foram anexados ao Convento das Chagas de Lamego, para onde passaram também as freiras.

Em 1858, a família Sarmento adquiriu a torre (actualmente extinta) e a casa, ficando o convento reduzido ao espaço da igreja.

Em 1984, a igreja do convento sofreu alguns restauros, nomeadamente no telhado, azulejos e imagens.

Considerado Imóvel de Interesse Público desde 1985, actualmente tem utilização cultual, devocional e residencial e é propriedade privada da Igreja Católica e de pessoa singular.

A acrescentar, a tradição local fala da existência de passagens subterrâneas que serviram de refúgio durante as invasões francesas.

O Convento Beneditino de Nossa Senhora da Purificação, assim como a zona envolvente, constitui, sem dúvida, um dos locais mais aprazíveis desta freguesia e de todo o município.

 

Bibliografia: ANDRADE, 1926: 47, 73-77. GUIA, 2001: 226-273, 279-281. IPA, 2002.

J.C.S.

Casa da Moimenta - Rua do Pelourinho

Apesar da arquitectura da Casa da Moimenta manifestar uma certa simplicidade e ruralidade, estas são compensadas pela decoração em relevo sobre as portas da sua fachada principal: uma figura antropomórfica (máscara - ver imagem), motivos florais, uma mísula com um molho de colunelos em leque, a inscrição b ROIZ A (interpretada como Rodrigues) e a sua provável datação 1579

No entanto, todos estes elementos têm suscitado diversas opiniões em relação à utilidade da respectiva casa, uma das quais aponta mesmo que seja a casa do carrasco, nome dado ao indivíduo responsável pela execução de uma sentença.

Máscara

Para além de nos atrair exteriormente, esta construção de um só piso habitável com sótão e rés-do-chão (ambos para arrumos), situada na Rua do Pelourinho (Moimenta da Beira), surpreende-nos também pelo seu interior. É o caso de um nicho religioso embutido numa das paredes da sala principal, em arco de volta perfeita (altura: 0,76m x largura: 0,48m), ainda asseado pela família residente.

Parece-nos, então, que este elemento esteve sempre ligado a alguém que procurou uma maior proximidade com Deus, assim como dois nichos recentemente identificados noutro edifício (próximo da Casa da Moimenta).

pedra da padieira


Ainda no seu interior, ao fundo do corredor de entrada, destacam-se quatro elementos decorativos na pedra de padieira (a imagem 3 mostra-nos três): um pentagrama (estrela de cinco pontas, à qual são atribuídos vários significados esotéricos), uma rosácea de seis pétalas num círculo (simboliza a eternidade e foi utilizada pelos povos celtas, latinos, etc.), uma cruz latina (símbolo do Cristianismo após Jesus Cristo ser crucificado) e outra rosácea hexapétala.

Desta exposição, crê-se que estas representações, assim como a presença do nicho religioso, faziam parte das crenças protectoras do povo contra maus-olhados, infortúnios, demónios ou poderes obscuros.

J. C. S.

Lagares de azeite conhecidos por Forcas

Nesta freguesia existem três estruturas escavadas na rocha conhecidas popularmente por lagarelhos, lagaretas, bicas ou pias dos Mouros: Corujeira, Capela do Mártir, Quinta da Tapada e, segundo informações orais, terá existido outra no sítio das Fragas da Forca (Bairro dos Sinos) que foi destruída inadvertidamente quando se procedeu o alargamento da área habitacional.

Segundo alguns investigadores, estes lagares encontram-se implantados em zonas rurais e estarão relacionados com a produção de azeite (e provavelmente vinícola). São, em geral, formados por um ou dois pios (tanques) contíguos, estrategicamente desnivelados, associados a pequenas cavidades laterais que serviriam de base de apoio a uma prensa.

O pio posicionado a uma cota superior corresponde ao local onde se processava o esmagamento da azeitona que se ligava por um canal a um segundo pio (mais desnivelado e profundo) que funcionaria como reservatório de água (indispensável para esta produção).

Do ponto de vista cronológico, estes monumentos ligados à prática agrícola poderão inserir-se no Período Romano ou Medieval.

Popularmente conhecidas por Forcas (BENTO DA GUIA, 2001: 175), estas estruturas são tradicionalmente associadas a antigos locais de punição que, segundo a crença popular, "ainda se pode observar o canal por onde passaria o sangue".

Um dos que revela melhor contorno situa-se no Bairro da Corujeira que, a par de outros existentes na nossa região, terá sido um lagar escavado num afloramento granítico e não um local de punição.

Está orientado segundo o eixo NE-SW e é composto apenas por um pio com cerca de 2,50 m de comprimento e 2,10 m de largura. A profundidade é mais acentuada na parte posterior, atingindo 0,20 m. Na parte superior do lagar verifica-se um pequeno rasgo no sentido vertical, não se sabendo ao certo se permitiria ligação com outro pio.

Em ambos os lados, aproximadamente ao centro, encontram-se simetricamente duas perfurações rectangulares que serviriam de encaixe a qualquer estrutura (prensa). Atingem 0,52 m de comprimento, 0,20 m de largura e 0,21 m de profundidade.

J.C.S.

Solar dos Guedes

O Solar dos Guedes

NO TERREIRO DAS FREIRAS


 


A respeito da Casa dos Guedes, o Padre António Francisco d'Andrade (Abbade Colado dos Arcozellos), no seu livro Descripção e Historia do Concelho de Moimenta da Beira, 1926, pág.74, escreveu:

"Outro edifício que n’este sitio se destaca, dando brilho ao largo do Convento, é a casa da família Guedes...."

A Casa dos Guedes é um edifício da segunda metade do século XVIII situado no Terreiro das Freiras, em Moimenta da Beira, em perfeito enquadramento urbano, em grande largo inclinado para Este e flanqueado por estrada e pelo Convento de Nossa Senhora da Purificação a Sul, edifícios de dois pisos, alguns senhoriais, arruamentos e estacionamentos automóveis a Norte e Oeste.

Verdadeiro exemplar de arquitectura civil privada, estilo rococó, na sua utilização inicial, passou a ser uma instituição pública (municipal), de expansão da Cultura – a Biblioteca com o nome de Aquilino Ribeiro, que tanto se desejava desde meados do século XIX.

 

Na sua fachada principal destaca-se o seu brasão com a coroa ducal, os dois portais flanqueados por pilastras em oblíquo com volutas cimeiras a apoiar varandas de balcão, curvilíneas, com balaústres e as janelas de frontões de formas dinâmicas pluri-segmentares.

O brasão é um escudo esquartelado e tem no primeiro quartel, as armas dos Sarmentos; no segundo, que é esquartelado também, as dos Menas e as dos Falcões; no terceiro quartel, as dos Vasconcelos e no quarto, as dos Gouveias.

O escudo gravado nas peças da baixela tem no primeiro quartel, as armas dos Gouveias; no segundo, as dos Vasconcelos; no terceiro, as armas dos Falcões; e no quarto, as dos Menas.

O escudo da Casa é encimado por uma coroa ducal; e o escudo da baixela tem o timbre dos Gouveias.

 

 tecto solar dos guedes 2

tecto solar dos guedes       

 

 

 

 

 

No interior do segundo piso, destacam-se dois tectos com pinturas rococó, com enquadramentos de volutas finas e motivos de forma auricular, considerados únicos na região.

No entanto, o edifício parece-nos incompleto ou parcialmente destruído pois falta-lhe do lado direito um corpo que faça simetria com o lado esquerdo.

É considerado Imóvel de Interesse Público, pelo Decreto N.º 28/82, de Fevereiro de 1982.

Jerónimo de Gouveia de Sarmento Falcão e Josefa Benedicta Pereira de Vasconcelos (bisneta de Pedro Gomes Cortês) mandaram construir para si a Casa dos Guedes. Em 1874, foi herdada por uma bisneta do casal do fundador, D. Carolina Cândida Guedes Osório de Gouvea e Vasconcelos. Em 1925, D. Carolina morre sem descendentes, legando a Casa à Câmara Municipal de Moimenta da Beira, com a intenção de aí se fazer um hospital ou escola, por testamento feito a 25 de Outubro de 1923, que transcrevemos do jornal Correio Beirão, n.º 162, Outubro de 1962:

Testamento de Carolina de Gouvêa Vasconcelos e Castro, no dia 25 de Outubro de 1923...

Que dispõe todos os seus bens ou valores à Câmara Municipal de Moimenta da Beira ou qualquer outra corporação que porventura a represente de futuro para que nesta vila ou arredores onde a Câmara melhor julgar ser construído um edifício para Hospital. Se todo o produto da herança da testadora não chegar para a construção do referido edifício poderá tal produto ser junto a qualquer subsídio da Câmara ou ainda a fundo ou benefícios de qualquer natureza que possam ter igual destino.

Se com o produto da herança da testadora mesmo ajudado pela Câmara não for possível construir o edifício do hospital, em tal caso a Câmara empregará todo o produto da herança da testadora na construção de um edifício para casa de escola dos dois sexos desejando a testadora que ele seja o mais higiénico e confortável para as crianças e no caso de chegar que a escola seja dotada com todo o mobiliário. O edifício da escola deve ser nesta vila e era vontade da testadora que a escola tivesse o nome de Escola Carolina Guedes. Que o edifício do hospital ou na sua falta o da escola deverão ser construídos dentro de dez anos a contar do falecimento da testadora... Que as despesas de funeral e bens de alma sairão do produto da herança. Que institui para seu testamenteiro para o cumprimento deste testamento o Presidente da Câmara do concelho de Moimenta da Beira ou quem legitimamente o represente.

«Início»

Que destino para a Casa dos Guedes?

Porém, nada resultou, e o sonho de D. Carolina, hospital para doentes ou «escola confortável para crianças» diluiu-se na erosão da vida sócio-política de Moimenta, entre a frustração nostálgica de um Povo que continua a queixar-se.

No entanto, a 8 de Julho de 1962, o Correio Beirão publicaria o seguinte edital:

Joaquim Guilherme de Araújo e Abreu, Presidente da Câmara Municipal de Moimenta da Beira:

Faço público que, pelas 16 horas do dia 28 de Agosto do ano corrente, no edifício dos Paços do Concelho e Sala de Reuniões da Câmara Municipal, se procederá à venda, em hasta pública, do imóvel «CASA DAS GUEDES» pertencente ao municípo:

Prédio urbano de dois pavimentos, situado no Terreiro das Freiras, inscrito na matriz predial urbana de Moimenta da Beira sob o artigo 289, confrontando de Norte com a Rua da Revolução Nacional, nascente com o Terreiro das Freiras, sul com Câmara Municipal e poente com José Félix.

A base de licitação é de 100.000$00, com lanços não inferiores a 1.000$00. As condições de venda encontram-se patentes na Secretaria da Câmara Municipal, durante horas de expediente. Para constar se passou o presente edital e outros que vão ser afixados nos lugares do estilo.

Moimenta da Beira e Paços do Concelho, aos 2 de Julho de 1962.

Na mesma data, o mesmo Presidente da Câmara mandou escrever na parede da escola da vila «ESCOLA PRIMÁRIA D. CAROLINA GUEDES» - acto de justiça para a generosa benemérita, ou tentativa de cumprir o seu testamento e satisfazer as vozes discordantes que, naturalmente se fizeram ouvir.

Para suavizar esta narrativa, vale a pena referir um episódio dos primeiros anos da década de 50: na altura, era Presidente da Câmara o Dr. José Gomes Machado. Criou-se a Santa Casa da Misericórdia com o objectivo de construir um hospital em Moimenta da Beira, já há muito desejado.

O António Loureiro Melo era empresário de um cinema ambulante e dono de altifalantes que nas festas e recepções ampliavam a sublime retórica dos discursos e transmitiam música para o povo.

Numa dessas transmissões festivas, falou da venda da Casa das Guedes e, logo ao outro dia, fez aparecer na vila pequenos cartazes com a seguinte publicidade:

RÁDIO MELO ANUNCIA: VENDE-SE CASA DAS GUEDES; FINS FRUTUOSOS...

Mais uma vez o Hospital ficara pelo caminho! Porém, receava-se que a Casa das Guedes fosse parar às mãos de qualquer endinheirado que acabou por levantar protestos.

O Correio Beirão, jornal respeitado, de crítica e de estímulo, de que a Política viria a calar, representado por Bento da Guia (director e proprietário) e Dr. Baptista Ferro (redactor), lembraram que a Casa das Guedes poderia vir a ser Palácio da Justiça, Grémio da Lavoura, Cinema, Museu, Biblioteca Pública, Caixa Geral de Depósitos, Sede do Clube, Casa do Povo...

Passo a citar um dos editais do Correio Beirão, o nº90, de 22 de Outubro de 1959 (entre outros, 89,91,92,93,94...), que sugestiona a edificação de uma Biblioteca Pública em Moimenta da Beira, com o nome de Aquilino Ribeiro, em homenagem ao distinto escritor das nossas terras.

Correio Beirão, ano IV, nº90, 22 de Outubro de 1959:
Uma Biblioteca Pública com o nome de Aquilino Ribeiro a edificar na sede do nosso concelho, como justa homenagem a prestar ao distinto escritor das nossas terras

Obteve o melhor acolhimento e simpatia a sugestão do Correio Beirão de se promover a edificação de uma Biblioteca Pública, na sede do nosso concelho, e de que fosse seu digno patrono Aquilino Ribeiro, o apreciado escritor português da nossa região.

As terras têm deveres para com os seus filhos ilustres. Soou a hora de Moimenta saldar a sua dívida para com o escritor de Soutosa. Mostremos aos vindouros, através de uma obra útil, o prazer, o orgulho e a gratidão, que a sua personalidade projectou sobre nós.

E deixemos demonstrado, de uma forma perdurável, o apreço que temos pelo homem e pelo escritor: fero e simples, modesto e desassombrado. Inteiriço o homem, rude, sonora e castiça a prosa dos seus livros, não há divergências nem contradições nas duas partes do mesmo todo. Vamos, assim, com coerência também, e devoção, cumprir o dever de conterrâneos agradecidos, que se confunda ao mesmo tempo com o culto da terra-mãe. Esta e Aquilino não se podem desligar. Compreendamos e sintamos isso – prestando-lhes a homenagem que aos dois é devida. E poderia ser desta forma: carreando materiais para o erguer e funcionamento de uma Biblioteca Pública com o seu nome! A tarefa é difícil? Tanto mais digna dos esforços de nós todos!

Mas, como o Grémio da Lavoura «organismo de interesse público» já lá se encontrava, o nosso jornal adiantava a hipótese de ser ele mesmo a comprar a casa.

No dia 29 de Setembro de 1962, o Grémio da Lavoura presente na pessoa do Inspector reformado José António Cardoso Teixeira, dos Arcozelos, Presidente da Direcção do mesmo grémio, arrematou a Casa das Guedes por 101.000$00.

O Grémio da Lavoura restaurou o edifício e ali funcionou fidalgamente instalado até ao 25 de Abril de 1974. A Revolução dos Cravos decidiu que em Portugal não havia lugar para grémios, e a Casa das Guedes, como parte integrante do activo do condenado subproduto das Ditaduras, entrou na posse da Cooperativa do Távora: acto pacífico, aliás totalmente aceitável dado que eram sensivelmente os mesmos sócios de um e outro organismo e também não se distanciavam muito os objectivos que a ambos animava, o melhor lucro dos produtores.

A Cooperativa do Távora instalou na Casa das Guedes o Departamento de Compra e Venda e o respectivo armazém.

Em 1984, o edifício tornaria à posse da Câmara Municipal de Moimenta da Beira.

«Início»

Raízes de uma família

José Sarmento de Vasconcelos, fidalgo da Casa Real, Cavaleiro da Ordem de Cristo, administrador do vínculo de Trevões, era de uma nobre família de Algoso, no concelho de Moncorvo, onde nasceu. Veio a ser Capitão-Mor de Moimenta da Beira, e casou com D. Maria Josefa de Carvalho e Castro Salvador, herdeira dos vínculos de Paradinha, Pinhel e Alverca. Deste casal descendem os Viscondes de Moimenta da Beira.

O último descendente foi uma senhora, D. Carolina Cândida Guedes Osório de Gouvea e Vasconcelos, nascida a 13 de Dezembro de 1874, que foi herdeira da Casa de seus pais – a Casa dos Guedes -, e veio a falecer solteira no dia 30 de Março de 1925, no Porto. O seu corpo seria trasladado para Moimenta, em cujo cemitério seria sepultada no dia 14 de Março de 1926.

Desta família, o único representante foi o Sr. Pedro Guedes Osorio de Vasconcellos, residente em Paradinha...

Foi esta a «Família Guedes de Moimenta da Beira», como lhe chama Pinho Leal no artigo do Portugal Antigo e Moderno, ao falar de Sendim:

É nesta freguesia o solar dos Guedes, de Moimenta da Beira, e têm aqui uma casa muito antiga e uma quinta de plátanos gigantes.

Em nota do mesmo artigo, Pinho Leal diz ainda ser convicção sua que o povo de Guedieiros se chama assim «por ser do senhorio dos Guedes».

J.C.S.

 

Bibliografia:


Inventário do PA – PATRIMÓNIO ARQUITECTÓNICO da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, pág.da Web 1 de 4, 16-01-2002.

ANDRADE, António Francisco d’, Descripção e Historia do Concelho de Moimenta da Beira, Viseu, 1926, p.74.

GUIA, A. Bento da, As Vinte Freguesias de Moimenta da Beira, 3.ª ed., Viseu, Eden Gráfico, 2001, p.283-294.

Correio Beirão, Ano IV, nº 90, 22 de Outubro de 1959.

«Início»

Igreja Matriz

 

Segundo dados bibliográficos ("As Vinte Freguesias de Moimenta da Beira" de A. Bento da Guia), torna-se difícil descrever o espaço envolvente da Igreja Matriz desta Vila, tal como ela era há cerca de 150 anos.

No entanto, crê-se que seria algo acanhado.

Em relação ao cemitério do adro da Igreja este teria sido construído em 1859 por Luís Manuel Gil no valor de 3000.000 Rs. O portão de ferro foi feito por Manuel Cardoso Vicente, natural de Adorigo (concelho de Tabuaço).

O cemitério actual seria inaugurado mais tarde em 1938.

Também construído no séc. XX foi a Torre. Existia um Campanário, ao qual se subia por uma escada exterior.

Os sinos vieram do Convento de S. Francisco (freguesia de Rua).

Na altura, o Presidente da Câmara era o Dr. António Ferreira da Fonseca e o encarregado da paróquia de Moimenta da Beira era o Padre Artur Coelho de Sousa (Pároco de Paradinha).

J.C.S.

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