São as seguintes as ribeiras que atravessam a povoação (de leste para oeste):
- Ribeira do Pamplona, que delimita a freguesia (e simultaneamente o concelho de Angra do Heroísmo) dos Arrochela;
- Ribeira de Lapa, uma das mais caudalosas da freguesia;
- Ribeira da Luz;
- Ribeira  de São Roque,  junto da qual se ergue a igreja paroquial e se concentra  a zona  central da freguesia, designada por Lugar. Esta ribeira tem  como  afluente na sua margem esquerda a Ribeira das Lajinhas;
- Ribeira dos Gatos.
História
Fundação
 Situada em terrenos relativamente planos, com solos férteis, apesar de  sita longe dos principais centros populacionais de Angra e da Praia,  a  região onde hoje se situam os Altares cedo foi colonizada. Dado o   alcantilado das suas costas, acesso deverá ter sido feito a partir do   porto dos Biscoitos, sito cerca de 6 km a leste, e a partir da colónia  inicial fundada junto das ribeiras perenes das Quatro Ribeiras. O  arroteamento dos terrenos, a julgar pela estrutura fundiária e pela  morfologia dos cerrados, deve ter prosseguido de leste para  oeste, sendo a zona ocidental, e aquela onde hoje se situa a freguesia  do Raminho, a última a ser povoada.
Não  se conhece a data de elevação da paróquia, apenas se sabendo que foi em  data anterior a 1480,  dado que naquele ano já tinha pároco. Com base  na data de colonização  da ilha e pelo que é conhecido da sua progressão  ao longo da costa  norte, as primeiras dadas na zona deverão ter  ocorrido por volta de 1460, com a povoação a estruturar-se no último  quartel do século XV.
O  centro da freguesia, com a sua igreja paroquial, instalou-se nas  margens da Ribeira de São Roque, imediatamente a jusante da confluência  da Ribeira das Lajinhas, que ao tempo, dada o coberto vegetal e a  presença de largas turfeiras na zona alta, eram perenes. Esta  dependência das ribeiras deve-se à  escassez de águas superficiais que  resulta da geologia da região, já  que as nascentes existentes se situam  nas faldas da Serra de Santa Bárbara, a mais de 4 km de distância e em  zonas que, pela sua altitude e consequente clima, não são habitáveis.
Em  	1612 possuía 200 fogos e em 1838 contava com 2232 habitantes e 479 	 fogos. Denotar que pertenceu 	ao concelho da Praia da Vitória até 1870,  altura em que o concelho 	de S.Sebastião foi extinto e passou a  pertencer ao concelho de 	Angra.
A  evolução da freguesia dos 	Altares foi desde cedo marcada pela  emigração, primeiro para o 	Brasil, 	depois para os Estados Unidos da  América e finalmente para o 	Canadá. Ao longo do século 	XX, a população  da freguesia foi controlada 	pelas políticas de imigração dos Estados  Unidos: a entrada em 	vigor do Johnson-Reed 	Act, fixando quotas que  excluíam quase 	totalmente os cidadãos portugueses, restrição que se  prolongou 	até depois da Segunda Guerra Mundial.
No caso dos  Altares, a emigração para os Estados Unidos da 	América dirigiu-se  essencialmente para a Califórnia, 	formando um numerosa e influente  colónia no vale 	de San Joaquin e em torno da cidade de 	Artesia, 	 localidade onde hoje residem mais altarenses e seus descendentes do 	que  na freguesia de origem.
A 	actividade económica dominante ao longo dos tempos foi a 	agricultura e pecuária, tendo esta dominado os últimos 50 anos.
 
Personalidades
 Os Altares têm contribuído com diversas personalidades para a vida cultural, social e política, entre as quais:
- Inocêncio Romeiro Enes
- Manuel Cardoso do Couto
- Frederico Coelho de Melo
População:
Altares  é uma freguesia rural açoriana pertencente ao concelho de Angra do  Heroísmo, ilha Terceira, Açores. Possui de área cerca de 31,20 km  quadrados. A população no ano de 2009 conta com cerca de 950 habitantes,  dos quais 830 são eleitores, sendo que nos censos de 2001 registava-se  uma população de 884 habitantes.
 
Geografia:
Localizando  a freguesia na ilha Terceira esta situa-se a noroeste da ilha Terceira,  sendo a norte com o mar, a leste com a freguesia dos Biscoitos,  concelho da Praia da Vitória, a oeste com a freguesia do Raminho, e a  sul e sudoeste com a Caldeira de Santa Bárbara e o interior da  ilha.Ocupa parte do maciço da Caldeira de Santa Bárbara, que estende-se  desde o interior desta até ao mar e entre a Ribeira dos Gatos e Canada  dos Morros.
O aglomerado habitacional situa-se na baixa vertente a uma altitude de 120 a 130 metros.
A  freguesia é percorrida por várias ribeiras que apenas possuem leito  ocasionalmente, são elas a Ribeira de S.Roque, dos Gatos, Lajinhas, da  Lapa, Canada do Rebolo e Pamplona.
Tem o seu ponto mais elevado no Pico Rachado - 827 metros.
A  costa é formada por rochas traquíticas e andesíticas tendo uma altura  que oscila entre 30 e 50 metros face ao nível do mar, sofrendo no  entanto uma forte erosão das ondas do mar, sendo exemplo disso o Pico  Martim Simão - 153 metros de altura.
Situa-se a 19 km da cidade Angra do Heroísmo.
 
Lugares:
A freguesia conta cinco lugares relativamente diferenciados:
- 
Arrochela, no limite leste da 		freguesia, um povoado cuja maior parte das habitações se situa em 		território dos Biscoitos e cuja população está ligada àquela freguesia; 
- 
Achadas, uma região plana 		sita a leste do centro da freguesia, incluindo o lugar da Fonseca e 		a Canada do João Borges; 
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Canada  do Rego, um 		prolongamento da freguesia para o interior da ilha ao  longo da 		estrada que se dirige para Angra do Heroísmo; 
- 
O  Lugar, o centro da 		freguesia, é caracterizado pela igreja paroquial e  possui is 		seguintes lugares: Patim, Canada do Pelame, a Canada das  Cales, a 		Canada do Saco, a Canada dos Engenhos e a Rua Nova, onde se 	 	localiza a igreja paroquial. 
- 
Ribeira dos Gatos e  Canada dos 		Morros sito nas margens da ribeira do mesmo nome. O nome da  ribeira 		deriva de um dos descendentes de Fernando Anes Gato, que teve  		terras naquela zona.Canada dos Morros, inclui Cruz do Marco, a 		 Vinha Velha e a Silveira. 
Economia:
A  actividade económica nos Altares baseou-se ao longo dos séculos na  agro-pecuária, inicialmente na cultura do pastel (de que a freguesia foi  um dos principais centros de cultivo nos Açores), depois na do trigo,  na do milho e na da batata-doce (para fabrico de álcool).
Mais recentemente a bovinicultura leiteira com base na pastagem e na  produção de milho para forragem domina a economia da freguesia, hoje uma  das mais produtivas bacias leiteiras dos Açores.
Outra  actividade importante na freguesia é a carpintaria e a marcenaria, áreas  onde tradicionalmente foram frequentes as pequenas oficinas.
No  cume do Pico Matias Simão, aproveitando um cruzeiro ali erecto, existiu  nas décadas de 1950 e 1960 uma vigia da baleia, ligada à actividade de  caça à baleia centrada no porto dos Biscoitos.
Na zona das  Achadas, no sopé do Pico Matias Simão, existem depósitos de barro de  relativa qualidade, utilizado para o fabrico de telha. Os telhais  artesanais dos Altares, ligados a outros similares existentes na Praia  da Graciosa, foram dos últimos a encerrar nos Açores, ainda fabricando  ocasionalmente algumas telhas para reposição de telhados antigos.