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Locais de Interese (Património)
Moinhos de Vento de Entrevinhas

Os Moinhos de Entrevinhas foram recuperados e estão prontos a funcionar potenciando projetos pedagógicos, culturais e turísticos.

O projeto de reabilitação dos Moinhos de Entrevinhas é um tributo ao engenho dos homens e à sua capacidade de transformar as coisas de natureza em força motriz da sobrevivência. De poder “agarrar” a água e o vento e os manipular em engrenagens que fabricam o sustento, em especial o pão. É o pão uma arte suprema, alimento ancestral e universal, cuja origem assenta em símbolos de harmonia, respeito, pureza e tranquilidade. Também no concelho de Sardoal, a produção de farinha para o seu fabrico conheceu épocas áureas e os moinhos e azenhas que existiam especialmente em Entrevinhas, marcaram vida de muitas gerações

Os moinhos foram adquiridos em 1997. Três foram adquiridos pela Junta de Freguesia de Sardoal e o quarto pela Câmara Municipal. Os terrenos envolventes foram, igualmente, adquiridos pelas duas identidades. A construção dos mecanismos, em madeira no interior dos moinhos, e as velas foram executadas pelo carpinteiro Filipe Reis, em 1998, sob orientação de Custódio Bento, de 78 anos. A apresentação pública desta primeira fase decorreu em 6 de Fevereiro de 1999.

A segunda fase foi retomada, em 2011, pela Junta de Freguesia de Sardoal com apoio das seguintes entidades: Gabinete Apoio Técnico (GAT), TAGUS, no âmbito do PRODER, e Município de Sardoal. A reabilitação ascendeu a cerca de 55 mil euros, sendo que 60% da verba adveio de fundos comunitários. A cerimónia de reabilitação foi levada a efeito no dia 9 de junho de 2012, integrada na festa de Santo António (padroeiro da aldeia de Entrevinhas).

A recuperação dos moinhos tem em vista a promoção do meio rural, criação de dinâmicas territoriais, estimulo à criatividade e desenvolvimento, valorização da história e da cultura, preservação da paisagem e dos recursos da natureza. Quanto as atividades praticáveis nos moinhos, estas podem ser de cariz pedagógico e cultural, lúdicas e de lazer, desportivas e de saúde.

Não se sabe ao certo a data de construção dos moinhos de Entrevinhas. Sabe-se, sim, que existem há muito tempo e que voltaram hoje a ser importantes, noutro contexto histórico e social. São referências da arqueologia e da cultura. Adquiriram uma nova dimensão. Na pedagogia, na defesa do ambiente, na promoção do turismo, na divulgação do nosso concelho e da região. Este espaço é um museu vivo. Dinâmico e atual!


Igreja Matriz

 

A Igreja Matriz de Sardoal é um edifício fundado nos meados do século XV, no reinado de D. Afonso V, modificado por sucessivas alterações, onde se conjugam harmoniosamente, estilos arquitectónicos diferentes, tais como:

Gótico: Portal principal (formado por 2 colunelos capitelizados, onde a ornamentação vegetal se associa a dois rostos humanos, um masculino e outro feminino, o primeiro com a fronte coroada), e portas laterais, rosácea flamejante e colunas do corpo do templo

Renascença: Altares laterais e colaterais Barroco: Altar-Mor, em talha dourada (finais do século XVII) e quadros cerâmicos de Gabriel del Barco (1701)

Outros motivos de interesse serão, as imagens religiosas, paramentarias e alfaias de culto (na casa da Irmandade do Santíssimo que fica atrás da Capela-Mor, guarda-se um interessante e riquíssimo espólio de castiçais de estanho do século XVIII).

A torre foi acrescentada no século XVII, obliterando a empena de bico da fachada. Interiormente possui 3 naves com arcos de volta redonda em 5 tramos. A capela-mor é de abóboda de berço pintada modernamente.

No corpo do templo há 4 altares de pedra da Batalha, do fim do século XVI ou do princípio do século XVII. O primeiro deles, do lado do Evangelho, foi modificado para Capela Funda dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Os dois altares colaterais têm retábulos de pedraria e a capela-mor ostenta um rico retábulo de talha dourada de finais do século XVII, formado por colunas salónicas e está revestido a azulejos, com dois quadros cerâmicos (S. Tiago aos Mouros “ e “Aparição da Virgem aos Cavaleiros de S. Tiago), datados de 1701. São o último trabalho de Gabriel d’El Barco, considerado o maior azulejarista português de todos os tempos e, foram terminados, após a sua morte, por um seu discípulo, Manuel dos santos.

A face do arco-mestre está igualmente forrada de azulejos tipo padrão, do fim do século XVII ou do princípio do século XVIII. Ao alto está um Cristo Crucificado, entre S. José e a Virgem, escultura em pedra do fim do século XV. Nas mísulas que ladeiam o arco vê-se uma “Piedade”, escultura de pedra, quatrocentista, um belo exemplar pintado e estofado posteriormente e um Santo António de madeira.

 

Pinturas do Mestre do Sardoal


A principal referência da Igreja Matriz de Sardoal, e talvez do património do concelho, assenta no retábulo do Mestre do Sardoal, em exposição na Capela do Sagrado Coração de Jesus, composto por sete painéis:

Um tríptico, constituído pelos bustos de Cristo, S. Pedro e S. Paulo e, ainda a Virgem da Anunciação, o Anjo da Anunciação (S. Gabriel), S. João Baptista e S. João Evangelista, pintados sobre tábuas de carvalho, com preparo de cola e cré.

São conhecidos cerca de 30 painéis. Para além das sete tábuas do Sardoal, as restantes encontram-se em: 10 painéis do políptico de Montemor-o-Velho, 6 do políptico de Celas (segundo opinião de alguns estudiosos é o que tem maior identidade com as pinturas da Igreja Matriz de Sardoal), propriedade do Museu Machado de Castro de Coimbra, que possui ainda mais 2 pinturas do Mestre de Sardoal: A Assunção da Virgem e S. Bartolomeu. No Museu Rainha D. Leonor, em Beja, encontra-se outra pintura: S. Vicente; o Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa, possui a Adoração dos Magos; A Fundação Ricardo Espírito Santo Silva, em Lisboa, possui S. João Baptista; O Museu de Évora possui 1 tábua com 2 Santos Bispos. Existem ainda mais 4 pinturas: Santa Catarina; Santa Apolónia; S. Roque e S. Sebastião, e por fim a última que retrata Santo António e S. Francisco. Estas pinturas encontram-se em posse de particulares.

Igreja da Misericórdia


A Igreja da Misericórdia é um templo do século XVI, cujas origens remontam à década de 1370, quando o Rei D. Fernando e a Rainha D. Leonor de Teles, viveram nesta região fugindo da peste.

A Igreja tem um portal de pedra de estilo renascentista, cuja autoria tem sido atribuída ao Mestre Nicolau de Chanterenne, mas muito provavelmente tem a mão de João de Ruão ou da sua oficina, uma vez que foi construído por volta de 1555/57, alguns anos após a morte de Chanterenne. A Pedra é de uma linda cor dourada, e está guarnecida de medalhões entre a curva e o arco da equitrave, com lavores no friso. Sobre o portal avulta um edículo de coroação com o painel da Misericórdia.

A porta lateral, de arco de volta redonda, tem o último módulo acirelado de seis lóbulos ornamentais. Há, ainda, uma fresta lateral esbelta, de estilo renascentista. No interior do templo, vê-se, também, um painel de azulejos modernos (1934), da autoria de Gabriel Constant, representando a Rainha D. Leonor, fundadora das Misericórdias.

Interiormente é uma nave coberta de tecto de madeira, sendo o arco principal lavrado em estilo renascença e apoiado em capitéis com figuras. Na empena há um revestimento de azulejos do século XVIII, azuis e brancos e um Calvário pintado a cor de vinho. No corpo do templo há um silhar de azulejos da mesma época e cores, sendo a capela-mor também forrada da mesma decoração cerâmica. No altar-mor está um Cristo, escultura do século XVII.

Na sacristia, são guardados os painéis e as lanternas da secular Procissão dos Fogaréus, que se realiza na noite de Quinta-Feira Santa, organizada pela Irmandade da Misericórdia.


Casa Grande ou dos Almeidas

Esta casa solarenga, que ocupa na totalidade um dos lados da Avenida Luís de Camões, na vila de Sardoal, o que diz bem da sua imponência arquitetónica, é uma referência obrigatória do património cultural edificado da vila de Sardoal, cuja construção remonta aos finais do século XVII ou do princípio do século XVIII, reedificada posteriormente.

Apesar de não serem conhecidos elementos documentais que atestem com segurança as suas origens, sabe-se que foi a residência da família Moura Mendonça, da principal nobreza do Sardoal, sendo provável que a sua construção tenha sido decidida por D. Gaspar Barata de Mendonça, primeiro Arcebispo da Baía e Primaz do Brasil ou por seu irmão Rodrigo Barata de Moura, fidalgo da Casa Real, que casou com D. Leonor de Sande Freire.
D. Gaspar Barata de Mendonça nasceu no Sardoal em 3 de agosto de 1627. Era filho de Pedro Lopes Barata, que ocupou altos cargos na magistratura e de sua mulher D. Antónia de Moura.
Faleceu no Sardoal em 11 de dezembro de 1686, e jaz sepultado em rico mausoléu, do lado da Epístola, na capela-mor da igreja de Santa Maria da Caridade – que na altura pertencia ao convento Franciscano de Santo António, e de cujos frades o venerando Antístite fora sempre grande amigo e desvelado protetor.
Talvez sugestionado pelo exemplo de seu pai, resolveu seguir, igualmente, a carreira de Direito. Em Coimbra, onde estudou, deixaria marcada uma posição notável pelas suas brilhantes classificações.
Desgostoso com a magistratura, certo dia tomou uma resolução drástica: pôs de lado a toga e a beca, desvestiu-se de toda a pompa e relevância das suas funções e entrou para um seminário. Quis ser padre e, ainda mais, um sacerdote humilde e apagado aos olhos do mundo, entregue unicamente ao pastoreio e condução de almas nos caminhos de Deus.
Por seu pedido expresso veio a tomar conta da freguesia de S. João de Gestaçô, do patronato de Unhão, nas vizinhanças do Porto, onde exerceu funções durante algum tempo.
Por insistência do terceiro Conde de Unhão, Fernão Telles de Moura e Castro, veio para Lisboa, para tomar conta do priorado de Santa Engrácia, naquele tempo a freguesia religiosa mais importante de Lisboa, depois da Sé. A sua fama de sacerdote invulgar levou-o ao desempenho da Relação Eclesiástica de Lisboa, Juiz dos Casamentos, Relator de Direito Canónico.
Em 16 de novembro de 1676, através da Bula “Divina Disponente Clementia”, subscrita pelo Papa Inocêncio XI, veio a ser nomeado como primeiro Arcebispo da Baía, no Brasil, cuja arquidiocese vinha criada, na mesma data, por outra Bula especial, “Inter Pastoralis Officii”. A saúde precária de D. Gaspar Barata de Mendonça não lhe permitiu a deslocação para o Brasil, pelo que teve de governar o seu arcebispado por delegados de sua livre escolha e confiança pessoal.
Como tal não deve ter assistido à conclusão do solar, que deve ter sido concluído por seu sobrinho Rodrigo de Moura Barata Mendonça e Freire, filho de seu irmão Rodrigo Barata de Moura, que casou com D. Madalena Maria de Vasconcelos, herdeira da casa de seu pai, António Caldeira de Sequeira e da sua segunda mulher D. Maria de Vasconcelos Refoios.

Não se encontra explicação plausível para a designação “Casa dos Almeidas” que também é dada à Casa Grande.
Terá sido construída sobre as ruínas da casa de residência dos Almeidas (da família dos Condes de Abrantes) que durante cerca de dois séculos foram senhores do Sardoal.
É certo que o último dos Almeidas, D. Miguel de Almeida, um dos conjurados de 1640, a quem pertenceu o senhorio do Sardoal, faleceu em 1650, sem filhos. É também verdade que um dos últimos Moura e Mendonça, Bento Manuel de Moura Mendonça Almeida Barata, usava o apelido Almeida, o que pode também explicar aquela designação.
A ermida do solar que é consagrada a Nª Sr.ª do Carmo, tem no seu interior uma bonita imagem da Virgem, uma escultura de madeira do século XVIII.

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