Covilhã (São Martinho)
   
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Reorganização administrativa do território (Lei n.º 22/2012, de 30 de maio)
Freguesia: Covilhã (São Martinho)
Novo Nome: União das freguesias de Covilhã e Canhoso,

Freguesias agregadas: Covilhã (Conceição), Covilhã (Santa Maria), Covilhã (São Martinho), Covilhã (São Pedro), Canhoso

CONTACTOS
 
Morada R Conde da Ericeira, 9 r/c
Cód. Postal 6200-958 COVILHA
Telefone 275319510

   


DESCRIÇÃO DA FREGUESIA
 
Ordenação heráldica do brasão e bandeira
Publicada no Diário República, III série de 18/04/2000

Obter Diário da República em formato PDF  (Página 48 do documento, coluna direita)

Em 18 de Abril de 2000 foi publicado no Diário da República, IIIª Série, o Edital que torna público a ordenação heráldica do brasão da Freguesia de São Martinho, segundo o Parecer da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses feito em 23 de Agosto de 1999. A descrição da ordenação heráldica apresenta-se:

Brasão - Escudo de prata, monte de dois cômoros de verde, moventes de uma campanha ondada de prata e azul; em chefe, um cacho de uvas de púrpura, folhado de verde. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco com a legenda a negro: "COVILHÃ – S. MARTINHO".

Bandeira - De púrpura, cordões e borlas de prata e púrpura. Haste e lança de ouro.

Bandeira para hastear em edifícios (2x3)  Estandarte para cerimónias e cortejos (1x1)  

Selo - Nos termos da Lei, com Legenda: "Junta da Freguesia da Covilhã - São Martinho"

DESCRIÇÃO HERÁLDICA

Brasão: No design do Brasão optou-se por um escudo branco, coroa mural de três torres de prata e listel branco com a designação de COVILHÃ – SÃO MARTINHO.

Ainda na configuração optou-se pelos montes, na medida em que remetem para a posição geográfica da Freguesia, no contexto de cidade de montanha, o cacho de uva fruteado de púrpura e folhado de verde faz lembrar o nome da própria Freguesia na sua relação ao vinho, e o ondulado das ondas de parta e azul remete para a ribeira e linhas de água que passam também nesta Freguesia.

Bandeira: Esta é plena de púrpura, cordão e borlas de prata e púrpura.

Contém ainda o símbolo do Brasão no centro, o que a identifica com a Junta de Freguesia de São Martinho.

Selo: De forma circular, com as peças do escudo sem os esmaltes e metais, sendo tudo envolvido por dois círculos concêntricos, onde corre a legenda “Junta de Freguesia de São Martinho – Covilhã”.

ORIGENS

A freguesia de São Martinho, situada a oeste e estendendo-se para o lado sul da cida­de da Covilhã, é das maiores do concelho. Tem uma área de quase 9,5 km2.

Rico é o seu património edificado, pois que nela se situam, a românica capela de S. Martinho, o antigo convento de Santo António, a antiga Fábrica Real (Pombalina) e o mais recente monumento de Nossa Senhora da Conceição, com vistas deslum­brantes para quase toda a cidade. A esse be­lo património histórico e cultural nos dedi­caremos desde já.

Destacamos a capela de S. Martinho, de traça românica, conserva ainda sobre a porta de entrada uma porta de origem, tipi­camente daquele estilo arquitectónico. O portal é de arco redondo e sustentado por colunelos de capitéis decorados. Sobrepuja-o uma fresta, englobada num arco. Duas ima­gens, no interior, são também dos inícios do templo e representam S. Lourenço e Santo Estevão, além de “O Calvário”, pin­tura sobre tela setecentista. Foi restaurada por volta de 1940 e ainda, mais recentemente.

Sobre este belo templo, disse José Saramago em “Viagem a Portugal”: “Dali foi o viajante à capela de S. Martinho, con­formado com vê-la apenas de fora. Restaurada de fresco, ainda o tempo não pô­de adoçar as pedras, uni-Ias a outras mais antigas do mesmo tom da pele batida por muito sol e muito vento é um edifício ro­mânico, de extrema simplicidade, uma casa para congregar fiéis sem grandes exigências estéticas. Mas quem concebeu a fresta que se abre por cima do portal conheceu o valor dos passos e os modos de o organizar.”

Com cerca de oito mil habitantes e aproximadamente cinco mil eleitores, a Fre­guesia não tem parado de crescer nos últi­mos anos, em especial devido à sua situa­ção geográfica. Possuidora de grande parte velha da cidade, revela-nos alguma precariedade nas condições habitacionais e algumas zonas de grande risco, que têm vindo a ser melhoradas pelas entidades competentes, para que as zonas que ainda não se desenvolveram acentuadamente o consigam a médio prazo.

De extraordinária importância e moti­vo de grande orgulho é a instalação da Universidade da Beira Interior, que se en­contra no espaço físico de jurisdição da freguesia e em grande expansão. Com um número de alunos que deverá rondar, nes­te momento, os cinco mil, dispõe actual­mente do considerável número de trinta e um cursos, todos concedendo a Licenciatura: Bioquímica, Ensinos da Informática, da Matemática, de Física e de Química, Matemática Aplicada, Optometria e Optotecnia (física aplicada), Química Industrial, Ciências do Desporto, Economia, Gestão, Marketing, Psicologia, Sociologia, Engenharia Aeronáutica, Engenharia Civil, Engenharia Electromecânica, Engenharia Electrotécnica, Engenharia Informática, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Engenharia Têxtil, Arquitectura, Medicina, Ciências da Comunicação, Cinema, Design Multimédia, Design Têxtil e do Vestuário, Filosofia, Língua e Cultura Portuguesas, Português/Espanhol e Português/Inglês.

Concede ainda Mestrados e Pós-Graduações em Ensino da Matemática, Matemática, Física e Química para o Ensino, Química, Ciências do Desporto, Educação, MBA/Mestrado em Gestão, MBA/Mestrado em Economia e Políticas Autárquicas, Sistema de produção e conservação de energia, Sistema de controlo e manutenção industrial, Sistemas aeroespaciais, Gestão da produção têxtil, Geotécnica ambiental, Engª. Informática, Engª. Civil – estruturas, Engª. De processos de produção de pasta para papel, Filosofia, Ciências da comunicação, Estudos Luso-Espanhóis, Imunologia Clínica.

Em redor da Universidade, com efeito, gira parte importante da vida da Freguesia e mesmo de toda a região. Emprega também a UBI um número assinalável de pessoas, e até nesse aspecto é tão importante como as vá­rias empresas têxteis, vestuário, metalurgia e ramo automóvel e as muitas firmas co­merciais aqui existentes.

Tão importante como a própria institui­ção, no entanto, é o próprio edifício em que se encontra, na antiga Fábrica Real. Uma pesada e majestosa construção, de granito, construído na época pombalina. Ali estava, em meados do século, o Batalhão de Caçadores nº 2, que acabaria por ter de ce­der o seu lugar a uma actividade, diremos com todo o respeito, muito mais produtiva. Quanto à Reitoria da Universidade, funciona no antigo convento de Santo António, um edifício que, como referido no “Guia de Portugal”, se encontra “à di­reita, na escarpa da montanha, em lugar de­safogado. (...) Perfil característico, funda­ção do primeiro quartel do século XVI. Dele se desfruta outra vista admirável”.

A Freguesia de São Martinho no Contexto Urbano da Cidade da Covilhã

Desde tempos imemoriais que a cidade da Covilhã constitui uma das mais importantes populações do interior do País. Já nos tempos das Invasões Árabes, onde na luta pela defesa da nossa região se notabilizou por forma notável, a nossa cidade ao tempo uma vila que os monarcas consideravam uma das mais importantes do Reino de Portugal. Localizada numa área que constituía cobiça apetecível dos invasores­ – tal como no tempo das Invasões Romanas – que a Covilhã soube com enorme rigor, defender os seus pergaminhos, especialmente por decisão do povo aqui nascido que não aceitava ser vencido sem luta. Viveu os seus primeiros tempos na zona do que hoje se apelida de Zona do Castelo, deixando à região compreendida entre o Rodrigo e a Ponte de Mártir-in-Colo zona Livre onde os defensores lutavam sem desfalecimentos.

Foi na parte baixa da cidade, então Vila, que melhor se defenderam os pergaminhos da nossa gente. Com efeito, o burgo era formado por grande número de Freguesias, supondo-se que atingiu o número de 24 freguesias compreendendo nesse número: S. Pedro, Senhora da Conceição, Santa Maria e São Martinho, que compreendia a zona sul da povoação.

Hoje foi reduzido o número mas valorizaram-se em potencialidades. Ao longo dos anos que se sucederam, a cidade (então vila!) era formada por 24, que tantas eram as capelas existentes, não sendo hoje fácil citar os seus nomes. Desapareceram umas pela destruição natural e outras pela intervenção da autoridade Municipal que necessitava de alargar os locais onde se localizavam, tu­do em função do progresso que se verificava. Em relação à Freguesia de São Martinho, que é a que neste caso mais nos interessa focar nestes apontamentos, convirá referir que a vida Comunitária da Freguesia se desenvolveu à volta da vestuta Capela de São Martinho, agora, e recentemente, entregue à guarda da Universidade, depois de ter servido, durante muitos séculos, de Igreja Paroquial. Era ali que todos os anos a festa ao Padroeiro constituíam momentos de alegre convívio. E sabendo-se que São Martinho era realmente uma figura da igreja, reinadia e apreciadora do bom vinho, não se perdia a oportunidade! de se comemorar ruidosamente em volta da ainda hoje linda Capela.  

Mas os anos foram decorrendo e, aproveitada a Capela de São João de Longe por ser mais central, a vida da comunidade centralizou-se e passou a ser ali que todas as actividades populacionais da Freguesia se realizavam de forma preferencial, geralmente expressando a força de uma freguesia que sentia na sua vida passada muito orgulho e manifestava, com desusado movimento, a sua enorme potencialidade.

A juventude aguerrida e de certo modo violenta nas quezílias com as outras freguesias, tornou--se de tal forma respeitada que passaram a designá-la por Ilha do Pico, não se sabendo ao certo, a razão por que a apelidavam desta forma.

A Companhia, como se chama ainda hoje a zona situada junto à Ribeira da Degoldra – constituía uma área completamente deserta de habitações e, só no principio do século actual, foi sendo aproveitada para a urbanização que lhe foi dando um aspecto de alguma civilidade e se transformou, já nos nossos dias, numa artéria das mais importantes, sendo certo que a comunicação com o resto da cidade lhe está profundamente vedada pelas dificuldades que impedem o trânsito com as restantes Freguesias que formam o conjunto urbano.

Uma das características do Povo Covilhanense é sem dúvida a sua forte formação religiosa e, nesse campo, não é estranha a participação contínua na expressão dos seus sentimentos neste domínio, sobressaindo, em todos os momentos, pelas formas mais diversificadas mas sempre convictamente alicerçadas de forma vin­cada na fé.

Foi com tão profundas raízes que a cidade viu er­guer na Freguesia um lindo e expressivo Monumento a Nossa Senhora da Conceição cuja Imagem goza na população da Freguesia uma devoção extremamente dedicada. Erguida na encosta Sul da cidade, representa um marco notável dos sentimentos não só da Freguesia, mas de toda a cidade que todos os dias realizam a seus pés a maior devoção perante a sua imagem veneranda. A construção foi feita em 1907.

É nesta zona da cidade que estão localizadas algumas referências habitacionais da Covilhã que, nos últimos anos, têm sido alvo de intensa pesquisa histórica, como é o caso da zona do Refúgio, do Bairro de Santo António e do Bairro da Alegria.

Este Bairro da Alegria, localizado nas "franjas" da cidade, junto a uma zona onde se encontravam instaladas várias empresas fabris de considerável importância na produção têxtil, surge da necessidade de alojar os operários, com fracos recursos económicos, na proximidade do local de trabalho. Situado numa zona de bastante declive e difícil acesso, é constituído por vários "blocos" de casas geminadas, construídas nos socalcos da montanha. A cada bloco de casas, a que corresponde um socalco, foi dado nomes de ruas, bastante representativo da satisfação das pessoas que habitavam o bairro, apesar dos fracos recursos económicos e exíguo espaço de que dispunham; assim podemos ver, por exemplo, a Rua da Felicidade, a Rua da Alegria, a Rua da Independência, etc.

Actualmente as características das 59 habitações do Bairro da Alegria são bastante distintas, tendo algumas sido requalificadas e melhoradas nas suas estruturas, após intervenção meritória de instituições autárquicas e de apoio social.

O nível etário da população é alto, mas existem também jovens casais que são o garante da continuidade histórica de um aglomerado de casas construído, entre 1938 e 1940, como habitação social.

A actual Junta de Freguesia tudo fará para continuar a preservação dos traços característicos deste "museu vivo", pois considera-o uma mais valia patrimonial da cidade da Covilhã.


PERSONAGENS HISTÓRICAS E ILUSTRES

- Raul Costa Camelo: “Pintor” – nasceu no Convento de Santo António

- Augusto de Figueiredo:- “Actor”

- Eduardo Malta :  “Pintor e Retratista”

PATRIMÓNIO HISTÓRICO

  

- Capela de São Martinho:

A Igreja ou Capela de São Martinho situava-se, ao tempo, em amplo largo chamado Praça de São Martinho, sacrificado ao progresso quando se rasgou por aquele sítio a Estrada Real nº 55.

Ficava a dita Capela fora da Freguesia e Povoação, mas a ela encostada, pois lhe ficavam sobranceiras as muralhas e uma das portas da Cidade, a de São Vicente.

Considerada monumento nacional, a Capela de São Martinho é hoje o mais antigo e o mais completo, atendendo à sua traça original, dos templos da Covilhã.

O mais antigo, porque as suas origens mergulham no fundo do tempo, por alturas do século XII e foi, segundo reza a tradição, mandada erigir por D. Fuas Roupinho.

O mais completo, porque, não obstante os seus oito séculos de existência, e depois de ter sofrido alguns atropelos à sua traça original, conserva ainda hoje, depois de uma feliz e conscenciosa restauração, a sua genuinidade romana.

Feita de “cantaria tosca mas autêntica”, a Capela de São Martinho espelha bem as deficiências da nossa pedra e, sobretudo, as dificuldades que a mesma apresenta para trabalhos artísticos e cuidados.

De interior simples e austero, tinha a dita Capela uma relíquia do Santo Lenho, junto ao trono de Nossa Senhora do Rosário, que ficava ao centro e que era ladeado pelas imagens de São Martinho do Bispo e de São Francisco Paula.

Encontram-se no seu interior dois quadros: o de Santo Estêvão e o de São Lourenço, que pertenciam à antiga Igreja de São Vicente e que são considerados os mais antigos do Concelho.

Outros:

- Monumento de Nossa Senhora da Conceição

- Antigo Convento de Santo António (actualmente Reitoria da Universidade da Beira Interior)  

- Museu dos Lanifícios (antiga Fábrica Real Pombalina).

- Museu Etnográfico do Refúgio

- Igreja de Nossa Senhora de Fátima (Igreja Matriz)

- Capela de Nossa Senhora do Refúgio

- Capela de São João de Longe

- Capela de Santo António

  

  

LENDAS, USOS E COSTUMES
  

Outrora efectuaram-se vendas ambulantes do leite, carvão, carqueja e pão para uma semana.

Existiam as lavadeiras da roupa, as metedeiras de fios que executavam trabalhos nos chamados cortes (fazenda).

Nos pequenos campos de agricultura de sobrevivência faziam-se as tradicionais malhas do trigo onde existiam as azenhas (moinhos de roda movidos a água).

Prevalecem os tradicionais cantares das Janeiras e dos Martírios, bem como o enterro do Entrudo.

Porém a visita Pascal, os Compadres e as Madrinhas do Bolo foram costumes de um passado recente.

  

  

ORAGO (SANTO PADROEIRO)

  

São Martinho – Bispo de Tours, que morreu em França em 397 e que se notabilizou pela sua caridade com os pobres e mais desfavorecidos.
 
 
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