Cabanas de Torres
   
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Reorganização administrativa do território (Lei n.º 22/2012, de 30 de maio)
Freguesia: Cabanas de Torres
Novo Nome: União das freguesias de Abrigada e Cabanas de Torres,

Freguesias agregadas: Abrigada, Cabanas de Torres

CONTACTOS
 
Morada Rua Comércio 1
Cód. Postal 2580-121 CABANAS DE TORRES
Telefone 263 799 977

   
ÁREA GEOGRÁFICA(km2) 6.79


DESCRIÇÃO DA FREGUESIA
 
FREGUESIA DE CABANAS DE TORRES

Localidades:  Cabanas de Torres e Paúla

Actividades Económicas:  Agricultura, Vitivinicultura, transformação de mármore, fornos de carvão, serração de madeiras,  construção civil, Camionagem,  vários estabelecimentos comerciais.

Património Cultural e Edificado: Igreja matriz de Cabanas de Torres; Capela de São João Baptista (no cume da serra); capela de Nossa Senhora do Ó, em Paúla.

Outros locais de Interesse Turístico: Serra do Montejunto e os moinhos.

Cultura e Desporto:
 Montejunto Orquestra Clube de Cabanas de Torres;
 Ringue Desportivo de Cabanas de Torres;
 Centro Cultural de Paúla;
 Rancho Folclórico “ Flor do Montejunto “, de Cabanas de Torres;
 Rancho Folclórico “ Primavera em Flor”, de Paúla;

Festas e Romarias:  
 Romaria de São João Baptista (24 de Junho);
 Festa em Honra de São Gregório Magno (1º fim de semana de Setembro);
 Festa em Honra de Nossa Senhora do Ó (ultimo fim de semana de Agosto);




IGREJA MATRIZ DE S. GREGÓRIO MAGNO

Localizada em Cabanas de Torres, cuidadosamente restaurada há alguns anos, é um edifício de arquitectura muito simples, rodeada por um muro baixo, que lhe serve de cerca e forma o adro; o acesso faz-se por alpendre abobadado, o campanário é de concepção arquitectónica bastante antiga e de modelo pouco vulgar, o interior apresenta uma capela-mor, uma nave com tecto em abóbada de berço.
A decoração é muito sóbria sendo de destacar o forro das paredes da capela-mor em azulejos azuis e brancos, enxequetados do Séc. XVIII. Na parede lateral direita existe um painel de azulejos historiados, que documenta a alegoria mística de “S. Miguel pesando as almas“. O púlpito de calcário é de desenho muito simples e apresenta na base uma data: 1690; a pia Baptismal é também de calcário de grande espessura e bastante antiga e a julgar ser dessa mesma época.
O altar-mor é de extraordinária beleza, tem no centro a imagem de Nª Senhora da Conceição, na ala direita está a imagem de Nª Sr.ª de Fátima, e o padroeiro desta igreja, S. Gregório Magno, apresenta-se na ala esquerda da Igreja.
A Igreja de S. Gregório Magno, pensa-se ter sido construída em 1568, já que é essa mesma data que se apresenta na torre sineira, tendo sido restaurada posteriormente; a dedicação desta igreja a S. Gregório Magno, terá sido uma homenagem a este Papa, cujo pontificado decorreu entre os anos 590 e 604. O canto Gregoriano que tão célebre ficou, ao longo dos tempos e que todos encanta, foi obra deste Papa Gregório Magno; daí o nome de “Gregoriano“, por derivação.
A Festa desta localidade, em honra do Padroeiro, realiza-se no primeiro fim–de-semana de Setembro.

                                            
CAPELA DE NOSSA SENHORA DO Ó

Situada em Paúla, segundo a tradição esta ermida é das mais antigas do concelho de Alenquer, tendo a data de 1147 inscrita na entrada da capela, a qual pensa-se ter sido o ano de construção.
Entra-se na capela através de uma pequena galilé com abóbada de berço; o templo é de arquitectura muito simples, o altar - mor tem a imagem de roca, da padroeira, a Nossa Senhora do Ó. Com o terramoto de 1755 é a única ermida da freguesia que teve alguns arrombos na abóbada. Esta capela tem sido alterada por sucessivos restauros, ao longo dos tempos, tendo sido o último restauro em Junho de 1998 (no qual houve alterações no altar, foram colocados azulejos nas paredes laterais e foi colocado também, outro pavimento e ainda pequenas alterações no aspecto exterior da capela). A Padroeira, Nª Sr.ª do Ó, tem festa em sua honra no último fim- de –semana de Agosto.


CAPELA DE S. JOÃO BAPTISTA

Esta ermida, que fica situada no cume da Serra do Montejunto “Serra da Neve”, no ponto mais alto desta, 666 metros de altitude, junto do marco separador dos Concelhos de Alenquer e Cadaval, é uma pequena construção de arquitectura muito rude e monolítica, de paredes grossas. No seu interior apresenta um frontal altar de azulejos policromados do Séc. XVII, com elementos florais e animais, a decoração é completada com painéis de azulejos figurativos, com temas da vida de S. João Baptista, embora alguns destes azulejos estejam colocados fora do lugar, o altar é de mármore de cor rosada, provavelmente dos finais do Séc. XVII.
Esta capela, que pertence à Freguesia de Cabanas de Torres é em honra de S. João Baptista, sendo um dos Santos mais populares, e que permanece fortemente ligado a esta serra, já que consta nas versões orais desta freguesia, que, em tempos idos, teria sido neste mesmo local, que várias famílias, guiadas por um padre e oriundas de Torres Vedras, que fugia da peste que grassava, naquela época, construíram cabanas, como refugio, e que mais tarde, depois de passada a epidemia, desceram a Serra e instalaram-se no local actual desta povoação e que em honra dos ares limpos e sãos desta serra, deram o nome de CABANAS DE TORRES.

Esta pequena ermida é especialmente local de culto por parte de pessoas que sofrem de “doenças de cabeça” e que frequentemente recorrem a psiquiatras, sendo esta uma crença de alguns, de entre estes gestos rituais conta-se também que por ocasião da festa do padroeiro se deve passar com a mão pela cabeça da imagem.
É, também tradição, fazer-se uma romaria até à serra, no dia de S. João (24 de Junho), em que algumas pessoas, com promessa e outras apenas pela crença, vão a pé, subindo toda a serra até ao cume desta, onde se encontra a ermida, e onde de seguida se realiza uma missa, com procissão. Após a procissão muitas das pessoas permanecem na serra, onde almoçam no parque de merendas logo, ali próximo.
Entretanto a festa em honra de S. João, prossegue na localidade de Cabanas de Torres, onde na maioria dos anos se realiza o arraial, já pela noite fora.


SERRA DO MONTEJUNTO

A Serra do Montejunto, estende-se ao longo de uma quinzena de Quilómetros pelos concelhos de Alenquer e Cadaval.
No concelho de Alenquer, a serra reparte-se pelas Freguesias de: Abrigada, Cabanas de Torres e Vila Verde dos Francos, e no Concelho do Cadaval reparte-se pelas Freguesias de Cercal, Lamas e Vilar.
A presença Humana na Serra Remonta à pré-história e dela são testemunhos as várias grutas-necrópoles e os vários Algares existentes. Entre o património construído de, maior relevo conta-se a Real Fábrica do gelo da Serra do Montejunto, cuja edificação e exploração foi atribuída aos Frades Dominicanos. A Fábrica, cuja primeira referência conhecida data de 1741, consiste em várias dezenas de tanques, amplos e rasos, nos quais, numa 1ª fase do processo, se depositava água. Depois de atingir o estado sólido, o gelo era retirado e armazenado em três grandes poços. Acondicionado em palha e serapilheira, o gelo descia a Serra no dorso de burros e em seguida era transportado até ao Carregado em galeras e carros de Bois, seguindo finalmente de barco até Lisboa, onde abastecia os Cafés mais importantes.
É em parte, devido à existência da Fábrica do Gelo, que o Montejunto é também chamado de “ SERRA DA NEVE”. No entanto, segundo habitantes mais velhos da serra esta designação deve-se também ao facto de no seu alto se encontrar a capela de N. Senhora das Neves, localizada acima da fábrica do gelo, na vertente que pertence ao concelho do Cadaval. Junto a este templo erguem-se também ruínas de conventos dominicanos; um outro convento inacabado, mas cujo inicio da construção data do Século XVIII, regue-se junto à capela de S. João Baptista, localizada no ponto mais alto da serra, a 666 metros de altitude, e que pertence á Freguesia de Cabanas de Torres.

A Serra do Montejunto e quase toda a extensão da sua secção meridional rodeada por moinhos de vento testemunho de um tempo em que a vinha e os pomares, hoje as culturas dominantes na região, ainda não tinham ocupado o lugar dominante do cereal, sobretudo o trigo, na economia das gentes dos concelhos de Alenquer e Cadaval. Mas além dos ventos que correm nos seus cumes e fazem rodar as velas dos moinhos, nascem também, por entre o calcário da Serra, os ribeiros que fornecem a água a toda a rede hidrográfica do concelho de Cadaval e a muitos ribeiros do concelho de Alenquer, e que além das Hortas e dos campos de cultivo, alimentavam também outrora as várias azenhas onde se moía o pão que servia de sustento à gente do povo.
Até á cerca de quatro ou cinco décadas, a Serra era local de trabalho diário de pastores, que vindos quer do lado de Cadaval, quer do lado de Alenquer (Casais da Pedreira, Vila Verde dos Francos, Cabanas de Torres, etc.), aí apascentavam os seus rebanhos de dezenas de cabeça de gado miúdo, sobretudo caprino.
A Serra é predominantemente constituída por rochas calcárias, apresentando porém certas áreas em que estão presentes outras composições minerais, e caracteriza-se pela existência de um grande número de escarpas. Ao longo dos últimos cem milhões de anos, a acção erosiva das águas das chuvas foi corroendo e infiltrando-se no calcário macio, dando origem a numerosas grutas e algares, que para além de, no último século, terem sido os locais de descobertas de um importante espólio arqueológico e paleozoológico da Serra, são também eles uma das fontes privilegiadas do imaginário que as populações locais desenvolvem em torno do Montejunto.
Destes algares, são férteis os relatos dos habitantes das aldeias que se situam no perímetro da serra, acerca do seu grande número e da grande fundura de alguns deles, profundidade que chega, em certos casos, a atingir a centena de metros. O conhecimento de muitos destes algares e grutas deve-se ao trabalho desenvolvido nos últimos anos pelo Espéleo - Clube de Torres Vedras, mas é em torno destes locais, cheios de perigo e mistério que mergulham no interior da terra, que versam muitas das lendas transmitidas de geração em geração.


LENDAS E IMAGINÁRIOS:

De norte a sul de Portugal, o imaginário Popular, sobretudo do meio rural, está povoado de lendas e relatos de encontros com Mouras encantadas, que habitam em poços, fontes, grutas, montes ou ruínas.
Nas localidades da Serra de Montejunto, também existem diversas lendas e imaginários. Na maior parte das lendas, é sobretudo pela meia-noite de dia de São João, que as Mouras encantadas saem das entranhas da serra para pentear ao luar os seus cabelos de ouro, com pentes de ouro, aguardando pela manhã para estender no campo os seus tesouros - muitas vezes figos e meadas de ouro – ao orvalho.
As Mouras encantadas são em certos casos, seres híbridos, mulheres da cintura para cima e serpentes da cintura para baixo, mas, em muitas lendas, podem surgir apenas sob a forma de cobra.
Em relação à Serra do Montejunto, abundam os relatos destas cobras que roubam leites, por vezes com a conivência dos pastores, mas quase sempre contra a vontade destes (que vêem o leite de um animal do rebanho desaparecer misteriosamente), assim como contra a vontade das mulheres aleitantes (em casas das quais entram sorrateiramente de noite, chupando-lhes o leite que devia ser destinado à criança, que amamentam).
Segundo, a maior parte dos relatos, existem na Serra muitos tesouros escondidos sob lapas, aí enterrados pelos Mouros, a quem se atribui também a forma peculiar de algumas pedras da serra, que se diz que “foram cortadas pelos Mouros para fazer mós para os Moinhos”
A Serra do Montejunto, ou “ Serra da Neve”, é no imaginário local, “oca” ou “rota por dentro”: crê-se que comunicando através das suas cavidades naturais, por ela entra um braço de mar dentro, e também por isso se chamam de “olhos de água “ ou “ouvidos do mar”.
Tanto na nossa Freguesia, como nas Freguesias que envolvem a Serra, são várias as tradições, que ainda se mantêm; mas em Cabanas de Torres, as principais são:
No ciclo festivo do Inverno, o “Pão–por-Deus“, que consiste em peditórios cerimoniais, realizados por crianças, no dia de todos os Santos; em que percorrem as casas dos respectivos lugares, com um saco na mão, pedido “Pão–por-Deus“, e recebendo guloseimas diversas, como doces, rebuçados, figos, nozes , etc. ... Outra também das principais tradições desta Freguesia, é o “Cantar dos Reis“, que se realiza na noite de 5 de Janeiro, e consiste em grupos de pessoas, acompanhadas por um homem mais velho, conhecedor dos versos do cantar dos Reis e que toma o nome de apontador, em que se dirigem de porta em porta, pintando diversos símbolos nas paredes e cantando os respectivos versos.
 
 
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