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Sábado, 20.4.2024
Sociedade Filarmonica Lira Fraternal Calhetense

A Sociedade Filarmónica Lira Fraternal Calhetense surge em 1888. Segundo dizem alguns antigos foi fundada por um grupo de republicanos um dos quais Manuel Pereira Gomes um professor estabelecido na freguesia da Calheta de Nesquim.

Inicialmente era constituída por um agrupamento musical muito pequeno. Eram apenas catorze os tocadores: Francisco Garcia e José Roivão (cornetins); Francisco Faidoca, Manuel Pereira Gomes e Manuel Fernandes Leal (clarinetes); António Americano (barítono); João Cacolha e João Pimentel (trombones); Mestre António Pequeno e Braga (trompas); Manuel Homem (contrabaixo) Amaro de Azevedo e Castro, João Garcia e Manuel Luís (bateria). Era ensaiador Braga que também como já se referiu, tocava trompa. Foi substituído posteriormente por Manuel Pereira Gomes.

O Hino da Lira Fraternal Calhetense foi composto na Terceira por um certo Lúcio. Sabemos que a sociedade fechou as suas portas por volta da década de 10 do século passado quando Manuel Homem de Freitas emigrou para os Estados Unidos da América. Por volta dos anos 20 veio de visita do Brasil, para onde emigrara, Manuel Ferreira que fora tocador em rapaz da Lira Fraternal Calhetense. Procura e recupera o seu instrumento e a freguesia reanima-se. Uns poucos de jovens querem fazer reviver a banda e começam a aprender música com o padre Lourenço da Ribeirinha que nesse tempo era Pároco nesta freguesia. E em 1930 a Lira Fraternal Calhetense ressurge com o guarda fiscal Gregório Reis na regência e com os seguintes tocadores:João Ávila (João Ávila de Melo) e Manuel Racha (Manuel José da Silveira) – cornetins; Manuel Fernandes Leal e José Domingos (José Pereira da Silva – clarinetes; Sebastião Machadinho (Sebastião Freitas Furtado) e Fernando sapateiro (Fernando Augusto Leal) – barítonos; António Racha (António José da Silveira) e António da Teixeira (António Azevedo Silva – trombones; José Faidoca Novo (José Francisco da Silveira – trompa; Júlio Carias – contrabaixo; António Ferreira Madeira – bombo; Manuel Silveira Furtado – pratos; José Garcia da Silva – caixa.

Por volta de 1934 nova crise volta à filarmónica e o senhor Gregório Reis sai. Alguns elementos acompanham-no mas outros permanecem fiéis à Lira Fraternal Calhetense. Surge assim uma nova banda “União Musical Calhetense” – a Música Nova -  com Gregório Reis à frente e com os tocadores que estão do seu lado e outros que prepara à pressa. É nesta altura de lutas e rivalidades que, para assegurar a sua legalidade, se elaboram e aprovam os estatutos da Lira Fraternal Calhetense sob a orientação de João Ávila de Melo.

Alguns anos de tremendas hostilidades entre as pessoas se viveram. Famílias cortaram relações, amigos deixaram de ser amigos pois uns torciam pela Música Nova outros pela Música Velha. O único aspecto positivo de todo este partidarismo era o empenho que cada um punha na sua banda para conseguir um bom nível de execução.

Na década de 40 a guerra desencadeada na Europa leva à mobilização dos rapazes novos da freguesia. As duas filarmónicas começam a ter dificuldade em manter-se devido à falta de tocadores e os elementos de uma começam a ajudar os da outra. Algum tempo mais tarde ao constatarem que não é possível manter as duas filarmónicas, sob pena de ficarem sem nenhuma delas, chegam a um entendimento e integram a Música Nova na Lira Fraternal Calhetense que era a que estava legalmente constituída. Esta situação não foi pacífica pois havia quem não estivesse de acordo e saiu deixando algumas carências a nível de alguns instrumentos.

Entretanto a guerra aproxima-se do fim e com ela muitos jovens regressam. Isto leva a que a Lira Fraternal Calhetense se vá recompondo de tocadores embora sempre com uns a sair e outros a entrar. Mestre Manuel Serafim vai preparando novos músicos para entrar e com José Faidoca Novo na regência a Lira Fraternal Calhetense readquire algum prestígio.

Entre momentos de estabilidade e outros mais difíceis a Lira Fraternal Calhetense vai sobrevivendo. Vários mestres foram passando até que Manuel Cardoso, já responsável pela capela da igreja começa a ensaiá-la e a regê-la. Mantém-se algumas dezenas de anos à frente da banda com o Manuel Serafim a preparar fornadas de novos tocadores e eleva-a a um nível aceitável. Arlindo Silveira Garcia fica à frente da Filarmónica durante dois anos depois do Manuel Cardoso sair e de seguida esta passou para as mãos do grande músico Manuel Xavier Soares que a ensaiou durante anos com grande talento e dedicação. Floriberto Ferreira filho de Manuel Herberto Ferreira e neto de Manuel Nunes Ferreira dedicados tocadores desta filarmónica, jovem talentoso na área musical e com um curso de formação musical tomou as rédeas da banda durante alguns anos. Esta prosseguiu nas mãos de Marco Machado que, por razões pessoais deixou o cargo em Outubro de 2008. Instalada nova crise, sem alguém que queira assumir as funções de regente conseguiu-se ultrapassar a mesma com a boa vontade de um tocador da banda, Bruno Rosário, jovem talentoso na área da música, com alguns conhecimentos musicais, com um curso de regentes no seu currículo e bastante empenhado que se predispõe a assumir essas funções enquanto não aparecer alguém mais habilitado para tal.

Neste momento a Filarmónica Lira Fraternal Calhetense conta com os seguintes tocadores:

Bruno Miguel Bettencourt Rosário, 25 anos – Maestro

Manuel Hermínio Fernandes da Silva, 59 anos - Trompete

Fábio Ferreira, 20 anos - Trompete

António Emílio Silveira, 68 anos -Trompete

Vitor Bruno Jorge Soares, 22 anos - Trompete

José Fernando Madruga Soares, 56 anos - Clarinete

Dalila Isabel Pereira Machado, 18 anos - Clarinete

Noélia de Fátima Silveira Fernandes Pimentel, 29 anos - Clarinete

Andreia Sofia Pimentel Nascimento, 17 anos - Clarinete

Susana Cristina Simas Xavier, 17 anos - Clarinete

Daniela Brum Miguel, 13 anos - Clarinete

Alexandra Brum Miguel, 13 anos - Clarinete

Tatiana Cristina Fraga Ferreira, 18 anos – Flauta

Mara Sofia Azevedo Pimentel, 18 anos - Flauta

Rosa Isabel Garcia da Silva Ferreira, 44 anos – Sax- Alto

Bruno Gabriel da Silva Ferreira, 19 anos - Sax- Alto

Renata Cristina Simas, 12 anos - Sax- Alto

Marlene Bettencourt Ferreira, 12 anos - Sax- Alto

Mário Manuel da Silveira Ferreira, 50 anos – Sax - Tenor

Diogo Miguel Simas Xavier, 12 anos – Trompa

Marco Aurélio Malaquias, 18 anos – Bombardino

Hernâni Carlos Sousa, 15 anos - Bombardino 

 Ruben Ávila Pimentel, 36 anos – Trombone Vara

João Simas Ferreira, 51 anos - Trombone Vara

Ivan Pacheco Leal, 18 anos - Trombone Vara

Kevin Freitas Simas, 15 anos - Trombone Vara

Jorge Manuel Azevedo Pimentel, 41 anos - Tuba

Sara Isabel Silva Vieira, 19 anos - Tuba

José Duarte Silva Pimentel, 48 anos – Sax- Barítono 

 Vitor Hugo da Silva Ferreira, 13 anos – Percussão

Carlos Manuel Fraga Ferreira, 13 anos – Percussão Fábio Fernando da Costa Madruga, 25 anos - Percussão

José Alberto Pereira Freitas, 49 anos - Percussão 


A festa da Lira Fraternal Calhetense no segundo fim-de-semana de Julho é uma festa que adquiriu já um elevado estatuto e que traz à ilha agrupamentos musicais de qualidade e um elevado número de forasteiros atraídos sobretudo pela hospitalidade do povo desta terra e pela singular beleza paisagística.

Do currículo da Lira Fraternal Calhetense destacamos:

·        1975 – Fez a sua primeira gravação, pelo Emissor Regional dos Açores e foi-lhe oferecido o seu primeiro estandarte.

 ·        1977 – Ida pela primeira vez à ilha do Faial, à festa da Senhora das Angústias – cidade da Horta.

 ·   1984 – Ida à ilha do Faial, à festa da Senhora do Socorro – Freguesia do Salão

 ·   1985 – Ida à ilha Graciosa, à festa de Santo Cristo – Vila de Santa Cruz.

 ·  1985 – Oferta de um instrumento novo pelo Governo Regional.

 ·  1986 – Ida ao Faial, à festa da Senhora das Angústias – cidade da Horta

 ·  1986 - Ida à ilha das Flores, às festas das “Sanjoaninhas” – Vila de Santa Cruz.

 ·  1987 – Ida à ilha do Faial, à festa da Senhora das Angústias – cidade da Horta

 ·  1987 – Ida à ilha de Santa Maria, à festa de 15 de Agosto – Vila do Porto.

 · 1988 – Celebração do primeiro centenário desta Sociedade Filarmónica.

 ·  1988 – Segunda gravação efectuada pelo Emissor Regional dos Açores.

 ·  1988 – Edição da primeira cassete desta Filarmónica.

 ·  1989 – Gravação pela Rádio Televisão Portuguesa (Açores) para o Programa de Filarmónicas.

 ·  1989 – Ida aos Estados Unidos da América (Nova Inglaterra) e Canadá (Toronto).

 ·  1990 – Ida à ilha Terceira às festas de São Carlos.

 ·  1991 - Ida a Castelo de Vide, onde participaram em Portalegre num encontro de Bandas Filarmónicas civis e militares.

 ·  1996 - Ida à ilha das Flores pela segunda vez, às festas das “Sanjoaninhas” – Vila de Santa Cruz.

 ·  1997 - Ida a Atalaia – concelho da Lourinhã – em intercâmbio com a Sociedade Filarmónica “U.R.U. – Marítima de Atalaia”.

 · 1998 – Terceira gravação efectuada pela RDP – Açores.

 · 1999 – Ida a Moura – concelho de Beja, em intercâmbio com a Sociedade Filarmónica União “ os Amarelos”.

 · 1999 – Integração na Federação de Bandas Filarmónicas das Ilhas Ocidente.

 ·  2000 – Ida `Vila da Lagoa – ilha de São Miguel, em intercâmbio com a Sociedade Filarmónica “Lira do Rosário”.

 ·  2001 – Deslocação a Alcoentre – concelho de Azambuja, Distrito de Lisboa, em intercâmbio com a Banda dos Bombeiros Voluntários de Alcoentre.

 ·  2002 – Participação na gravação do “CD” para Filarmónicas em comemoração dos 500 anos de Concelho das Lajes do Pico.

 ·  2003 – Deslocação a Castro Verde, Concelho de Évora, em intercâmbio com a Sociedade Recreativa Filarmónica “ 1º de Janeiro”.

 ·  2004 – Deslocação a São João da Pesqueira – intercâmbio com o Grupo de “Acordeonistas de Távora”.

 ·  2006 – Deslocação a Lorvão, Concelho de Penacova intercâmbio com a banda “ Boa Vontade Lorvanense”.

 ·  2007 – Deslocação a Casal de Álvaro, Concelho de Águeda, intercâmbio com a “ Banda Alvarense”.  



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