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Sexta-Feira, 26.4.2024
 
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Lendas e Tradições
 

Entre muitas histórias relatadas pelo povo de Santa Luzia, aqui descrevemos a qual nos acompanhou na nossa infância e que ainda é muito falada nos dias de hoje.

O encontro com o lobisomem

Era uma daquelas noites escuras de Inverno, quando os ventos gélidos sopram, trazendo a fria aragem do norte que penetram nos ossos do mais poderoso dos mortais.

Um homem caminhava apressado pela estrada vindo de Tavira para Santa Luzia. A dada altura da sua caminhada, quando passara já o Sitio da Foz, ouviu ao longe, os cascos de um animal equino (cavalo ou mula) que a galope tocavam o chão de terra batida daquela estrada. Pensou tratar-se de um dos muitos cavaleiros ou mesmo de alguma carroça puxada por um muar, daquelas que habitualmente circulavam a miúdo por aquele local e que naquela noite tomara o mesmo caminho que o seu.

O som característico dos cascos  das patas do animal ouvia-se com maior clareza, num sinal evidente que se aproximava rapidamente, sem que o homem conseguisse vislumbrar a mais pequena silhueta, na noite escura como o breu. A dada altura, temendo que o cavaleiro ou carroceiro não o visse, parou e esgueirou-se para a valeta.

Encostado ao valado, debaixo dos ramos de uma frondosa alfarrobeira e de ouvido em riste, continuava a não avistar ninguém na negrura da noite. Até que de repente, num dado momento, viu diante dele um ser disforme que estacou na sua frente, nada mais, nada menos que um lobisomem com face quase humana, lançando as patas dianteiras na sua direcção como se de mãos se tratassem para o tentar agarrar, no que se lhe afigorou ser aquele animal um homem bastante conhecido no Povo.

Ao ver esta assombração, o homem encheu-se de coragem e sacando de uma navalha que sempre trazia consigo, brandiu-lhe um corte na orelha fugindo em seguida com tanta força teve, a meter-se em casa.

No dia seguinte, o homem que pensara ter reconhecido na noite anterior, apresentou-se a sangrar da orelha, e chegando-se junto a ele lhe disse:

- Ontem ias-me matando. Mas se contas a alguém o sucedido, não vives muito tempo.

Daí em diante nunca mais o individuo se pôde transformar em lobisomem, nem vaguear de noite para cumprir o seu fadário, porque lhe tinham quebrado a sina.

 

In "Santa Luzia, de lugarejo a Vila com brasão" de Rui Simão Pereira Salvé-Rainha

 
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