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Lendas e Tradições
 

Matança do porco

A matança do porco está entre as tradições mais ameaçadas. Tradição típica no Folhadal.  Mandava a tradição que cada família tivesse pelo menos um porco durante o ano, alimentado com o que sobrava da confeção dos alimentos e da produção hortícola familiar.

Ter um porco e conseguir criá-lo até estar pronto para matança, que ocorria geralmente antes do Natal, permitia suprir as carências alimentícias, pelo que tinha "grande importância para as classes economicamente inferiores, pela precocidade, aptidão, cevatriz e criação rápida e fácil" (Felgueiras, 1985: 63). Ter um porco era também sinónimo de algum estatuto social, ao ser encarado como sinal de algum à-vontade económico (Amante, 1996), com expressão, por exemplo, na necessidade de possuir ou alugar uma pocilga e de produzir produtos hortícolas e cereais suficientes para a engorda do animal.

Em síntese, ter um porco funcionava, por um lado, como forma tradicional de evitar desperdícios, principalmente das cozinhas e das hortas (Amante, 1996). E, por outro lado, garantia "tanto ao abonado agricultor, como ao cabaneiro de minguados recursos, uma reserva de gordura e de carne para abastecimento da despensa pelo ano adiante" (Felgueiras, 1985: 69).

No interior do curral, termo pelo qual se designam as pocilgas na aldeia, existia uma pia em pedra, em alguns casos em madeira, na qual era colocada a "lavagem", a que era adicionado o farelo resultante da peneira da farinha usada na cozedura da broa de milho. Durante o Verão, nos anos em que era farta a produção de figos, estes eram servidos com água e farelo.

No exterior do curral existia outra pia, nesse caso de drenagem dos efluentes líquidos, de onde eram retirados para serem espalhados nos terrenos anexos. O estrume produzido no curral podia ser usado diretamente na fertilização dos terrenos ou indirectamente na curtimenta do mato cru roçado nas matas.

A matança do porco realizava-se geralmente antes da semana de Natal, de modo a não coincidir com as restrições religiosas ao consumo de carne caraterísticas desta quadra. Era quase sempre um homem a quem competia realizar a tarefa de matar o animal, o qual, normalmente, ficava incumbido da matança de vários animais nas aldeias vizinhas, normalmente sem cobrar nada.

A matança constituía um ritual importante, não só de sacrifício do animal, mas sobretudo de exaltação da pertença familiar, pois em redor do porco juntavam-se, geralmente a um Domingo de manhã, vários membros da família alargada, e por vezes alguns vizinhos e amigos, repetindo-se nos Domingos seguintes a matança do porco de alguns destes.

Quanto ao animal, após uma noite sem ser alimentado, seguia o seu instinto, quando ao ouvir vários grãos de milho a tilintar num cesto apressava-se atrás do cereal. Entretanto, no terreiro tinha sido preparada uma rampa, habitualmente feita entre os varais de uma carroça, onde era colocado um ou dois falhões (tábuas mais grossas) suficientemente resistentes para aguentar com o animal em esforço.

Enganado pela fome, o porco era agarrado e colocado nessa rampa.


A Moira encantada

A lenda da moira encantada faz parte da tradição oral do Folhadal e do imaginário popular português. A sua origem remonta à época pré-romana, sendo geralmente associada a elementos morfológicos, como sejam penedos monumentais ou buracos profundos existentes na rocha granítica.

No caso do Folhadal, contam os mais velhos que na encosta nascente do lugar do Picoto vivia uma linda princesa moira num palácio repleto de ouro, representando o Buraco da Moira a entrada no palácio. A bela princesa, metade mulher e metade serpente, cativaria com a sua beleza e riqueza um príncipe cristão.

Existe outra versão, segundo a qual certo dia um padre, quando ia dizer a missa além Mondego, ao passar junto ao Buraco da Moira uma mulher ofereceu-lhe figos para se alimentar durante a viagem; mas, como necessitava manter-se em jejum, guardou-os no bolso. Terminada a missa, meteu a mão nos bolsos e verificou que os figos se tinham transformado em ouro.

No caminho de regresso tentou encontrar a mulher mas não conseguiu, encontrando apenas o buraco.

A lenda e a exposição da encosta ao sol, o buraco no granito levaram várias gerações a visitarem o local, propondo-se encher o buraco com pedras e ouvir a moira a costurar, mas sempre em vão.

O local foi motivo para passeios domingueiros de habitantes e forasteiros, aí organizando aprazíveis piqueniques. Conta-se que, na década de 60, uma família inglesa, hospedada no Hotel da Urgeiriça, visitou várias vezes o local, encantada com a história e com a beleza da paisagem.


Fogueira de Natal

De ano para ano, reproduz-se o sentido de proximidade e solidariedade através da fogueira de Natal, o que em algumas localidades é conhecido como madeiro.

Manda a tradição que os adultos mais jovens, casados ou solteiros, recolham lenha para que na noite de dia 24 de Dezembro se acenda uma fogueira no Largo do Comércio.

Esta atividade é, por tradição, reservada aos homens, transmitida de gerações em gerações, e simplificada com a generalização dos tratores agrícolas e motosserras.

Anteriormente, a fogueira era feita a partir de rolos de pinheiro ainda verde. Nas últimas décadas, a ocorrência sistemática de fogos florestais na região diminuiu a quantidade de árvores disponíveis, pelo que a alternativa tem passado pelo recurso aos cepos das árvores arrancadas em escavações que tenham ocorrido.


Corrida de Sacos

Nº de jogadores: A prova pode ser individual ou por equipas.

Material: Sacos, de preferência em serapilheira.

Como se joga: O objetivo é percorrer a distância indicada no mais curto espaço de tempo. Para os jogadores se deslocarem, devem segurar o saco com as duas mãos. O concorrente que sair de dentro do saco durante o percurso, será desclassificado. Se a prova for por equipas, a equipa também será desclassificada.

Caso seja por equipas, será vencedora a equipa que obtiver um maior número de pontos, resultantes do somatório dos seus jogadores.


Jogo da Malha

Número de jogadores: 2 ou 4 jogadores. Ou 2 equipas de 2 elementos cada.

Material: 2 paus e 2 malhas e pinos.

Como se joga: Num terreno liso e plano são colocados os paus cujo objetivo é derrubá-los. Serão colocados pinos a uma distância de 15/18 metros dos paus, para os jogadores lançarem as respectivas malhas atrás dos pinos colocados à distância. Joga um elemento de cada vez. Objectivo é derrubar o pau com a malha ou colocar a malha o mais perto possível do pino, lançando-a com a mão.


Jogo do Berlinde

Nº de jogadores: Indefinido.

Material: Berlindes (esfera de vidro ou metal).

Como se joga: Fazem-se 3 covas. Cada jogador lança o berlinde. Quem conseguir chegar mais longe, inicia o jogo que consiste em tentar enfiar os berlindes, sucessivamente, nas 3 covas que estão em linha reta. Quando se consegue chegar à última cova faz-se o percurso no sentido oposto. À medida que os jogadores vão concluindo estas etapas, ficam com o direito de tentar acertar nos berlindes dos outros jogadores, apoderando-se assim dos berlindes que conseguirem alvejar.


Jogo do Eixo

Nº de jogadores: 4 a 5 jogadores.

Objectivo do jogo: Saltar por cima do outro, sem cair, chegando ao final do jogo sem perder nenhuma vez.

Como se joga: Um jogador fica dobrado enquanto os outros vão saltando por cima dele com as pernas abertas dizendo:

- Um à bananeira

Jogo do Pião

Nº de jogadores: Vários.

Material: Um pião e uma corda para cada jogador.

Como se joga: Antes de atirar o pião, deve-se enrolar bem o cordel à sua volta, sem folgas. O cordel é segurado com a mão pela extremidade solta. Quando se desenrola, com o impulso da mão, puxando a baraça para trás, fá-lo girar. Quando o pião é lançado com grande intensidade diz-se que a jogada é de "escacha". Para jogar à roda, ou raia grande, marca-se no chão um círculo de jogo que poderá ter cerca de um metro e meio. Os jogadores devem projetar o seu pião em direcção ao círculo.


Jogo do Prego

Nº de jogadores: 4 a 5 jogadores.

Material: Pregos, uma caixa de areia ou terra solta que permita espetar os pregos.

Como se joga: Cada participante terá que espetar o prego (que deverá ter uns 15 a 20 cm) na areia, pelo bico, de diferentes formas de acordo com a maneira de o atirar, recorrendo muitas vezes à imaginação: pegando-lhe com os dedos (dois, três, quatro); ou dando-lhe efeito com outras partes do corpo, tais como braços, pernas e até coxas.
O jogador continua a jogar enquanto o prego espeta; quando não o consegue, deixa de jogar, ficando o prego no local onde caiu. Os jogadores a seguir respeitam a forma de atirar o prego, devendo repetir o exercício feito pelo primeiro jogador.
Para além de espetarem o prego, os jogadores deverão, ao mesmo tempo, procurar acertar no prego que está na areia, o que, a acontecer, eliminará do jogo o dono desse prego.








 
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