O seu nome primitivo era Boa Vista mas, por um fenómeno de aglutinação,
houve uma evolução natural que culminou em Boavista. Sobre a origem do
topónimo apenas se pode conjecturar, mas deve-se filiar no panorama
proporcionado por esta povoação relativamente aos seus arredores. Mas
há quem avente uma hipótese inversa e perfeitamente plausível: a
povoação, por se ver bem dos montes em seu redor, oferecia aos seus
observadores distantes uma deliciosa paisagem, ou seja uma boa vista.
História
Desta freguesia da Boavista, não são conhecidos feitos históricos de
antiguidade já que a fundação da laboriosa aldeia que lhe daria o nome,
deve remontar a meados do século XIX.
Crê-se que nessa época ter-se-ão aqui fixado uns marchantes de gado,
que ficaram conhecidos como “Os Moços das Vacadas”, os quais instalaram
casas comerciais. Pela mesma altura e na sequência da abertura da
antiga estrada real que ligava o Porto a Lisboa construíram-se estalagens para apoio dos viajantes e negociantes que de norte se dirigiam para as feiras do sul e vice-versa.
Freguesia em 28 de Janeiro de 1928, com 200 fogos, sob a protecção de N. Sra das Dores, ocupa uma área desanexada das freguesias de Pousos, Marrazes e Colmeias, só foi criada como paróquia a 29 de Janeiro de 1946.
A congrua, paga em géneros, foi fixada num alqueire de cereal por cada
fogo e ½ alqueire por cada ½ fogo, nunca inferior a 300 alqueires de
cereal, 70 litros de azeite e 30 medidas de vinho. Da congrua faziam
também parte os emolumentos-
Esta freguesia é atravessada pela antiga estrada real, hoje desvio
da Estrada Nacional N.º 1, e pela auto-estrada Lisboa-Porto e está
rodeada de perto pelo Pinhal do Rei e mais distante pelos contrafortes da Serra do Branco e da Serra de Aire.