Santa Cruz , ou Santa Cruz de Lumiares, fica na parte sul do Município. Tudo leva a crer que a “villa” rústica tenha tido um templo a Santa Cruz e daí o nome da localidade.
O nome de Santa Cruz de Lumiares já existia no século XII e provém do facto de ter sido dependente do Couto de Lumiares, uma vez que aparece nos limites dele em 1161 e as inquirições de 1258 (D. Afonso III) também o confirmam.
Da freguesia faz ainda parte o lugar de Vila Nova, situado mais a sul.
A agricultura que se pratica é de subsistência e em regime de minifúndio. Cultiva-se batata, cereal, fruta e vinho. Nos últimos anos tem-se intensificado a produção de maçã em extensos pomares que introduzem mudanças ao nível da paisagem.
A pastorícia, atividade que vem de tempos remotos, ainda vai representando algo na economia da freguesia mas já muito longe da realidade de outros tempos.
Do património histórico da freguesia fazem parte a igreja paroquial, a capelinha da Sra. da Livração (1874), capela Miradouro da Sra. da Saúde, em Vila Nova na serra do mesmo nome e a capela do Espírito Santo, também em Vila Nova.
Destaque especial merece a capela de São Gregório pela importância que o culto associado a este monumento tem, não só a nível da freguesia mas também do Município. A Feira e Romaria a São Gregório acontece a 12 de março e tem longínquas tradições que interessa preservar.
Vila Nova, a outra localidade da freguesia tem origens no século XII ou até mesmo antes da Nacionalidade nalgum prédio rústico. Neste lugar são tradição as indústrias caseiras de laticínios e carne como resultado da atividade da pastorícia. Vila Nova é conhecida por ser a terra dos queijinhos de cabra e de outro produto que é um dos melhores rótulos da gastronomia de Armamar, o Cabritinho.
Com pastagens de excelente qualidade, Vila Nova está muito ligada à pastorícia com criação de gado caprino. Antigamente outras atividades artesanais aproveitavam todos os recursos da pastorícia, caso das mantas de burel, que eram feitas em São Martinho e Lumiares, terras de fiadores e cardadores. Os pastores usavam-nas no inverno atadas aos ombros, em conjunto com polainos de junco feitos em Vila Nova e que os protegiam dos frios e das grandes nevadas. Outra das indumentárias dos pastores era a palhoça (ou croça), espécie de sobretudo feito em junco ou palha de centeio e que servia para os proteger da chuva.