Os 19 autarcas da Comunidade Intermunicipal do Douro mostraram-se esta terça-feira apreensivos e preocupados com a suspensão das obras na Auto-estrada do Marão por mais dois meses, tomando uma posição unânime que vai ser enviada ao Governo.
As obras na auto-estrada, que vai ligar Amarante a Vila Real, foram suspensas, a 27 de Junho, tendo o ministério da Economia anunciado a extensão desta paragem por mais 60 dias. A CIM Douro aprovou por unanimidade uma proposta onde demonstra "claramente apreensão" pela suspensão da obra, considerando que esta pode criar "sérios problemas" na concretização do projecto de ligar por auto-estrada os distritos de Bragança, Vila Real e Porto. A Autoestrada Transmontana e a Autoestrada do Marão são consideradas pelos presidentes de câmara "equipamentos rodoviários aguardados com muita expectativa pela região e tidos como essenciais ao desenvolvimento socioeconómico da mesma". Além disso, as duas autoestradas permitirão reduzir a sinistralidade em 23 por cento. A CIM Douro vai solicitar à CIM de Trás-os-Montes para que se junte nesta tomada de posição, que vai ser enviada ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e ao ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira. Esta comunidade é constituída por 10 autarquias socialistas e nove do PSD, designadamente Alijó, Armamar, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Lamego, Mesão Frio, Moimenta da Beira, Murça, Penedono, Peso da Régua, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Torre de Moncorvo, Vila Nova de Foz Côa e Vila Real. Representando um investimento inicial de 350 milhões de euros, a Autoestrada do Marão chegou a mobilizar, em pico de obra, cerca de 90 empresas e 1.400 trabalhadores. Este empreendimento, que deveria estar concluído até 2012, foi adjudicado ao consórcio Autoestradas do Marão, liderado pela Somague.
