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O xaile na tradição marinhoa
O xaile na tradição marinhoa

Tratou-se de um espectáculo diferente dos que habitualmente são produzidos, quando se pretende apresentar facetas da nossa riquíssima cultura popular.

De facto, o elemento que se pretendeu apresentar ao público, foi o xaile, que fez parte da indumentária feminina durante sucessivas gerações dos nossos antepassados, sendo ainda hoje usado pelas populações rurais, embora com muito menos frequência.  

O espectáculo teve início com a apresentação de uma breve história do xaile, tendo-se seguido um diálogo “O xaile antigo e o xaile moderno”, encenado por duas jovens do Rancho Folclórico “Os Camponeses da Beira-Ria”.

Seguiu-se a primeira apresentação de xailes que foi feita por jovens do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Válega e do rancho anfitrião, xailes que foram exibidos sobre vestidos brancos envergados pelas ditas jovens, com o objectivo de facilitar a visualização dos pormenores daquelas belíssimas peças do vestuário feminino.

Durante a apresentação ouviu-se música de fundo (guitarradas de Coimbra), tocada ao vivo, por dois elementos do Grupo de Fados da Faculdade de Medicina do Porto.

Seguiu-se a primeira exibição deste grupo, que todos cativou e a todos agradou com fados e baladas de Coimbra, uma outra faceta da cultura portuguesa, que nessa noite fez um casamento perfeito com o nosso folclore.

Depois, ao som de música folclórica, foi feita a apresentação de xailes por elementos devidamente trajados à época, divididos por profissões e actividades. Participaram nesta apresentação, além de elementos dos dois grupos folclóricos referidos, ainda elementos do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Arada.

Para finalizar o espectáculo, voltou ao palco o grupo de fados que a todos deliciou com a sua simplicidade, simpatia e um grande profissionalismo na execução musical e vocal.

Foi um espectáculo com uma roupagem diferente do esquema habitual, onde a cultura, nomeadamente o folclore e o fado estiveram de mãos dadas, onde se procurou ainda chamar a atenção para a preservação desse belíssimo elemento da indumentária feminina, que é o xaile.

Digno de realce, o facto de várias senhoras do público terem feito questão de se apresentarem envergando um xaile. Um gesto muito bonito, que comprova que estão sensibilizadas para a sua preservação e divulgação.

Parabéns ao grupo “Os Camponeses …” por mais esta actividade cultural realizada na nossa terra, para usufruição do nosso povo.

 

 

Um pouco de história do xaile:

O xaile, espécie de manto usado principalmente pelas mulheres, como orato ou agasalho, é o tema de uma exposição que está patente no Museu de Ovar até ao próximo dia 18 de Outubro.

Do vestuário popular feminino, sempre mais complicado que o do homem, ao longo dos tempos, fez parte integrante e muito expressiva. Os egípcios já os usavam: pequenos, feitos de tecidos de cor, finos e transparentes.

Os xailes de caxemira fabricados na Índia foram introduzidos na Europa através de Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, no entanto, só foram conhecidos em Portugal por volta de 1840, apesar do aparecimento destes como cobertura da mulher, em 1817.

Retrocedendo ao ano de 1913, o xaile era um lenço grande, quadrado, pintado, que as mulheres traziam pelos ombros, fabricado com lã de camelo oriundo da Índia Oriental. Posteriormente, aparecem os que vêm da Ásia, de lã fina, seda ou algodão.

Os primeiros a aparecer de seda em Portugal datam do princípio do século XX e foram trazidos pelos capitães dos navios da região, provenientes da Índia.

Nesta época, o xaile de merino fazia parte do traje senhoril, altura em que o povo usava o mantéu. Cerca de 1910, sofreu algumas transformações, para aparecer em 1919 com grandes franjas, ano em que deixou de ser a mantilha ou capoteira usada pelo povo, que começou a usar o xaile de merino.

Os de merino, e outros de fina qualidade de composição e confecção, eram destinados mais ao adorno do que ao agasalho. Para este fim, era dada a preferência aos confeccionados com lã dos Pirenéus.

Desde o culto religioso, passando pelas festas, diversas profissões e processos de vestir, o xaile foi tido entre nós como complemento quase indispensável dos mais variados trajes.

 

 

 

 

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