D. Manuel Clemente, bispo do Porto, presidiu no dia 7 de Dezembro, na Sé Catedral desta cidade, às exéquias de D. Júlio Tavares Rebimbas, arcebispo-bispo emérito do Porto, de quem falou como um “amigo para sempre”.

“Foi constante amigo do seu clero e deixou pelas Dioceses que serviu um rasto de gratidão e simpatia, inteiramente merecidas”, referiu o actual bispo do Porto.

Destacou também a "solicitude" e o "amor à Igreja e aos pobres" de Júlio Tavares Rebimbas, bispo emérito do Porto.

Destacou ainda, em particular, o momento em que o falecido bispo “assumiu a sucessão de D. António Ferreira Gomes, exigente para qualquer prelado, dada a excepcional craveira episcopal, cultural e cívica de quem tinha de substituir”.

“Até sempre, Senhor D. Júlio! Alegria e paz também para si, que tanto as comunicou a todos”, concluiu o bispo do Porto, na sua homilia.

A celebração, que contou com a presença da quase totalidade dos bispos portugueses, incluindo o sr. Cardeal Patriarca de Lisboa, de mais de duas centenas de sacerdotes e muitos fiéis, teve início às 14H30.

No final da celebração eucarística o cortejo fúnebre rumou em direcção ao Bunheiro onde, no seio da comunidade natal do D. Júlio, continuaram as cerimónias fúnebres.

Aqui, o reinício ocorreu pouco após as 17H00 e foram presididas por D. António Francisco, bispo de Aveiro, contando com a presença de mais três bispos, duas dezenas de sacerdotes e muitos fiéis da comunidade local e de paróquias vizinhas.

D. António Francisco, na sua homilia, fez uma resenha do percurso apostólico de D. Júlio, tendo por base textos escritos pelo próprio no livro “Alegria de viver”, que editou após a sua resignação como bispo do Porto. Enalteceu as qualidades e o desempenho do grande prelado que foi D. Júlio, para a Igreja Católica portuguesa.

Exaltou ainda a solicitude do Monsenhor Virgílio, que o acompanhou o D. Júlio não só durante toda a sua vida episcopal, mas também após a resignação, na velhice e na doença, até à hora da morte. Este foi também um exemplo de total entrega.

No final das cerimónias na Igreja Matriz do Bunheiro, o cortejo fúnebre saiu em direcção ao cemitério local, onde depois da encomendação final o corpo foi descido à terra, tendo sido inumado em campa de família.

A notícia do falecimento do D. Júlio foi de forte consternação para todos quantos nele tinham um amigo ou nele depositavam admiração, por tudo o que fez como prelado da Igreja Católica portuguesa. As obras ficaram por onde ele passou, quer nas instituições, quer nas pessoas das respectivas dioceses, nunca esquecendo os pobres e os mais desfavorecidos. Com a sua conduta e o seu labor, catapultou aos mais altos níveis de prestígio nos clérigos portugueses, facto que muito nos honra como bunheirenses.

Uma das grandes riquezas do D. Júlio era o leque de amizades que angariou até ao mais alto nível das hierarquias. São disso exemplo as mensagens de condolências recebidas pelo bispo do Porto, enviadas pelo Papa Bento XVI e pelo Presidente da República, entre muitas outras.

Por despacho do presidente da Junta de Freguesia do Bunheiro, foram declarados dois dias de luto na freguesia (6 e 7 de Dezembro), sendo assinalados com a bandeira da freguesia colocada a meia haste, no edifício sede.

Obrigado, D. Júlio, pelo exemplo de dedicação que nos deixaste! Que a tua alma descanse em paz.

Fotografias anexas:

- Exéquias de D. Júlio Tavares Rebimbas, na Sé Catedral do Porto

- Bispos do Distrito de Aveiro no Concílio Vaticano II

Textos anexos:

- Despacho do Presidente da Junta de Freguesia do Bunheiro

- Mensagem do Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa

- Mensagem de condolências de Sua Santidade o Papa Bento XVI

- Mensagem de condolências de Sua Exª o Presidente da República

- Homilia de D. Manuel Clemente nas exéquias de D. Júlio T. Rebimbas