O Paço e o Convento estão na origem da nossa actual Vila.
Sabe-se que em meados do Século X (956), foi fundado um cenóbio nas faldas do monte de Ordins e que, pela mesma altura, Trocosendo Guedes fundou, para os religiosos de S. Bento, o Mosteiro de Paço (998) levando-nos a crer tratar-se do mesmo Convento. Não seria de grande construção pois, no século XI (1088) já se achava substituído por um novo templo mais espaçoso e de maior fausto arquitectónico.
É em 1124, ainda antes da Fundação da Nacionalidade, que aparece, pela primeira vez, o "restritivo indicador de Sousa" - "monasterio Palacioli Sause".
Foram muitas as doações ao Mosteiro a tal ponto que tudo passou a girar ao redor do mesmo. O domínio do Mosteiro de Paço de Sousa era, então, já muito vasto.
Em 1258 o Mosteiro tinha, já, 62 casais e 4 ermidas, mas é em 12 de Setembro de 1259, que se torna mais representativo, quando o Bispo do Porto, D. Julião, e o abade do Mosteiro, D. Paio Pais, unem aos usos do Mosteiro os frutos das Igrejas de Santa Eulália de Esmegilde, São Martinho de Velhas e de São Lourenço.
O Couto de Paço de Sousa, tendo anexo o Couto de Casconha, é já referenciado em 1123 e manteve-se até 1794.
Com o escambo das 3 freguesias passou a nova de Santa Maria do Corporal de Paço de Sousa a ter maior importância na região. As doações ao Convento eram tantas pelo que, como nos diz J. Mattoso, não se percorria um quilómetro na região à volta dos rios Sousa e Tâmega sem encontrarmos um casal, uma quintana ou uma leira pertencente a Paço de Sousa.
A partir de 1596 a freguesia já se intitula "do Salvador de Paço de Sousa".
Excerto do texto "Paço de Sousa - um percurso de onze séculos", da autoria do Exmo. Sr. Comandante Vitor Rocha.