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COMEMORAÇÕES DO MUNICÍPIO DA MURTOSA
COMEMORAÇÕES DO MUNICÍPIO DA MURTOSA

Na 3ª feira 29 de outubro de 2013, o concelho da Murtosa comemora 87 anos da sua emancipação do concelho vizinho de Estarreja decretado pela assinatura do então Ministro do Interior Interino Almirante Jaime Afreixo em 1926. A Câmara Municipal da Murtosa preparou um programa comemorativo que exalta a cultura, a memória coletiva e a matriz identitária Murtoseira.

Por volta das 9h da manhã, teve lugar a cerimónia do hastear das bandeiras, junto aos Paços do Município, seguindo-se uma romagem à Praça Almirante Jaime Afreixo, onde foi depositada pelas mãos do Presidente da Câmara Municipal, uma coroa de flores junto ao monumento que evoca a criação do Concelho da Murtosa. De seguida e em breves palavras o presidente engº Joaquim Baptista justificou o sentido deste gesto, destacando o reconhecimento do Município ao Almirante Jaime Afreixo e a todos aqueles que lutaram e trabalharam pela criação do concelho da Murtosa. Agradeceu a presença de todos, convidando os que pudessem a participarem pelas 10h, numa missa de ação de graças, na capela da Santa Casa da Misericórdia da Murtosa, a que se seguiu um momento simbólico de partilha com os idosos do lar, homenageando, de forma singela, os homens e as mulheres, cujas histórias de vida constituem, no fundo, a história do Concelho da Murtosa.

Deposição de Coroa de Flores

Breves palavras do Presidente Engº Joaquim Baptista dirigidas aos presentes

Este programa comemorativo teve início no passado sábado 26 de outubro, com a apresentação da reedição da obra “Chão Português”, da autoria do Dr. Pinho Neno, que teve lugar no Salão Nobre dos Paços do Município, pelas 21h. A sessão contou com uma animação musical promovida pelo prof. Adriano Coutinho e Joana Couras.

No domingo 27 de outubro, pelas 21h, o salão nobre dos paços do Município acolheu desta vez, a apresentação do livro e do documentário, em vídeo, que registam, para memória futura, as recriações da pesca do "Chinchorro" na ria, com lanços para a borda, e da "Xávega" no mar, com juntas de bois marinhões, levadas a cabo, respetivamente, em junho e setembro, pelos Ranchos Folclóricos “As Andorinhas de S. Silvestre”, “Os Camponeses da Beira-Ria”, Confraria Gastronómica “O Moliceiro”, “Associação Desportiva e Recreativa das Quintas” e o Núcleo da “Fraternidade de Nuno Álvares”, com a preciosa participação da comunidade piscatória da Torreira fundamentalmente proveniente das famílias Murta e Brandão.

 

Um pouco da História que antecede o Concelho da Murtosa

Foi talvez pelo ano de 1200 que se fixaram neste rincão da beira-mar algumas famílias de marnoteiros e pescadores que não tardaram a aproveitar também os recursos da terra. Numa doação ao convento de Tarouca, no ano de 1242, aparece mencionada, com o nome de Morrecosa ou Mortecosa, uma marinha de sal que não será temerário aproximar das origens da Murtosa. No entanto, é possível que, a princípio, lavradores e pescadores formassem classes aparte, pois a atual vila provém de dois núcleos distintos. Pardelhas pertenceu ao termo de Figueiredo, e os seus moradores eram foreiros do mosteiro de Vila Cova, situado na freguesia de Sandim. Murtosa entrou no Couto de Antoã e Avanca, pertencente ao Mosteiro de Arouca. Ambas se desenvolveram a par e formaram em bom entendimento uma unidade para o governo eclesiástico, antes de constituírem uma unidade para a administração civil.

Parece que a paróquia já existia em princípios do século XVI. Numa espécie de censo da população, feito em 1527, aparece no termo da Vila da Bemposta, "cabeça do concelho de Figueiredo", a "aldeia de Pardelhas e freguesia", com 47 vizinhos. A "aldeia da Murtosa e sua juradia", pertencia então ao termo da vila de Antuã e tinha 22 vizinhos. As duas aldeias somavam, pois 69 vizinhos - núcleo populacional importante, comparado com outros: Estarreja tinha 50, Salreu 37, Avanca 50, Pardilhó 20, Saidouros (Bunheiro) 19, Aveiras (Veiros) 34. Num "Promptuário das Terras de Portugal" organizado em 1689, afirma-se explicitamente essa divisão: pertenciam ao termo da Bemposta os lugares do Ribeiro, Agra, Rua do Ribeiro, Pardelhas, Outeiro, Caneira e a Póvoa da Saldida; ao de Estarreja ficavam Murtosa e Monte. A documentação relativa aos dois aglomerados populacionais tem de procurar-se respetivamente no que resta dos cartórios de São Bento da Ave-Maria (para a qual passaram as freiras de Vila Cova em 1535) e de Arouca. Quanto a Pardelhas, sabe-se que, já em 7 de Março de 1287, mandava el-rei D. Dinis que lá não exercesse jurisdição o juiz da Feira. O convento de Vila Cova pôs-lhe depois seu juiz e procurador, até que, em 13 de Maio do ano de 1358, por carta de el-rei D. Pedro, ficou assente que toda a jurisdição do crime e do cível pertencia ao concelho de Figueiredo. O mosteiro de Vila-Cova obteve para os seus caseiros e lavradores que moravam em Pardelhas alguns privilégios por cartas de 2 de Janeiro de 1448 e 3 de Novembro de 1451. As terras pertencentes a Arouca estavam divididas das de Vila-Cova por marcos e divisões de que fala a carta de instituição do Couto de Antoã em 1257 e uma inquirição de 1334.

No século XVI, o convento de São Bento da Ave-Maria organizou o tombo das suas propriedades em Pardelhas e, em 1697, mandou erigir novos marcos de pedra com o báculo de São Bento e a respetiva data. No auto de demarcação, fala-se no "arco da capela-mor da igreja velha da Murtosa", antecessora da atual. As freiras beneditinas tiveram questão sobre as rendas de Pardelhas com Jorge Moniz, senhor de Angeja, em 1575, e com o Marquês de Angeja em 1756."

Em 27 de Abril de 1898, o Dr. Barbosa Magalhães, apresentou nas cortes um Projeto de Lei propondo a criação do Concelho da Murtosa, constituído pelas freguesias da Murtosa e Bunheiro. Continuando este povo sem ser atendido nos seus protestos de emancipação, alguns "Homens Ilustres", deslocaram-se às cortes gerais, em 7 de Abril de 1899, solicitando a aprovação da sua petição de elevar a Murtosa a Concelho. Após grande insistência, o então Ministro do Interior, Jaime Afreixo, colabora com o povo da Murtosa e esta desanexa-se de Estarreja, em 29 de Outubro de 1926.

retirado da página "www.memoriaportuguesa.com"

 

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