No seguimento do contacto com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) realizado hoje no Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), salienta-se para as próximas 24H:
Precipitação – Aguaceiros localmente intensos (> 10mm/h ou 20 mm/3H) a progredir de Norte para Sul, com particular incidência no litoral a Norte do cabo Mondego;
Vento – Intensidade até 50 km/h no litoral, temporariamente com rajadas de 90km/h à passagem da
frente;
Neve – Possibilidade de queda de neve a cotas de 600-800 m, a afetar as serras do Gerês, Alvão,
Montemuro, Montesinho, Marão, Estrela, com acumulação inferior a 5 cm.
Agitação Marítima – Ondulação forte nas costa ocidental, de NW, a variar entre os 4-6m especialmente a Norte do cabo Raso, a partir da tarde.
Prevê-se um desagravamento destas condições a partir da tarde de amanhã, 16 JAN.
Acompanhe as previsões meteorológicas em www.ipma.pt.
Face à situação acima descrita, poderão ocorrer os seguintes efeitos:
Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água ou acumulação de neve ou gelo;
Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem;
Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis;
Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem;
Danos em estruturas montadas ou suspensas;
Possíveis acidentes na orla costeira;
Danos em estruturas junto à orla costeira;
Possíveis fenómenos de galgamento costeiro;
Intoxicações por inalação de gases, por inadequada ventilação, em habitações onde se utilizem aquecimentos com lareiras e braseiros;
Incêndios resultantes da má utilização de lareiras e braseiras ou avarias em circuitos elétricos;
Fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à saturação dos solos, pela perda da sua consciência.
A ANPC recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a observação e divulgação das principais medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente:
Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível acumulação de neve e formação de lençóis de água nas vias;
Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando se possível a circulação e permanência nestes locais;
Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos na orla marítima;
Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.