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 Nuno Álvares Pereira nasceu em 1360, nos Paços de Cernache de Bonjardim, concelho da Sertã, na região do Pinhal Interior, filho de um dos mais ilustres senhores do reino, D. Álvaro Gonçalves Pereira, Prior da Ordem Militar dos Hospitalares. D. Nuno teve uma educação militar, típica dos nobres.
Foi canonizado no dia (26 de Abril de 2009), no Vaticano pelo Papa Bento XVI, depois de ter sido beatificado, há 90 anos atrás (em 1918), curiosamente pelo Papa que adoptou o nome Bento XV. O seu processo de canonização tinha sido reaberto no dia 13 de Julho de 2004, nas ruínas do Convento do Carmo, em Lisboa, com uma sessão solene presidida por D. José Policarpo.
Aos 16 anos casou-se com D. Leonor de Alvim, muito virtuosa e tida como uma das mais ricas herdeiras do reino. Tiveram três filhos:
Dois rapazes, que morreram cedem, e uma menina, D.Beatriz, que foi a "mãe" duma das mais prestigiadas casa reinantes portuguesas - a Casa de Bragança.
Após a morte da esposa, D. Nuno tornou-se Carmelita (no Convento do Carmo, em Lisboa, que fundara em 1397 como cumprimento de um voto). Escolhe o nome de Irmão Nuno de Santa Maria, recolhendo esmola para os pobres. Permanece no Convento do Carmo, de 1423 até à data da sua morte, em 1431. Aquele que foi um dos homens mais ricos do país, deixa todos os seus bens para se entregar à sua Ordem Religiosa e à caridade em favor daqueles que sofriam.
Morreu sem bens materiais próprios, apenas o hábito que vestia todos os dias. Para o povo português era já tratado como o "Santo Condestável" ou Frei Nuno de Santa Maria. Enquanto militar, evidenciou elevadas qualidades de coragem e determinação, desempenhando um papel fundamental na crise de 1383-85, onde Portugal jogou a sua independência contra Castela, apoiando o partido do Mestre de Avis.
Grande parte do poder estava do lado Castela, mas o povo, o clero e alguns nobres acreditavam na viabilidade de Portugal, como reino independente. Efectivamente, nesse contexto, Nuno Álvares Pereira, o Condestável, foi uma figura decisiva da "velha nobreza" na afirmação de um novo rumo para o país, apoiando destemidamente o "golpe de estado" que colocou D. João I no poder e culminou em Aljubarrota, com a liderança de um pequeno exército português a derrotar um invasor castelhano muito mais poderoso.
Sabe-se que antes da Batalha de Aljubarrota, a 14 de Agosto de 1385, o novo rei estava renitente sobre a melhor decisão a tomar, mas a atitude audaz de D. Nuno foi a pedra de toque para a Batalha em que a táctica do quadrado e a escolha do local da batalha se mostraram determinantes para a vitória das tropas nacionais.
É o patrono do Exército Português, dos Escuteiros Portugueses e de algumas paróquias de Portugal.
Para os portugueses, em especial para os Cernachenses é um orgulho ver reconhecidas as qualidades modelares de mais um santo português - São Nuno de Santa Maria!
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Dr. José de Parada e Silva Leitão, 1809 - Activo e convicto liberal, Chefe do Estado Maior da divisão comandada pelo marquês Sá da Bandeira. Lente da Academia Politécnica e do Instituto Industrial e Comercial do Porto. Fundador do primeiro jornal industrial do país - Industrial Portuense e da A.I.P., hoje, Associação dos Empresários Portugal. Condecorado com a medalha das Campanhas da Liberdade e agraciado com a comenda da Ordem de Cristo, pelo Rei D. Pedro V.
António Simões dos Santos e Silva, 1842 - Vereador da Câmara Municipal da Sertã, agricultor, representante dos lavradores desta região, foi premiado por ocasião da Exposição Universal em 1900, com a Medalha de Bronze em Paris. Professor primário e um hábil pianista e ensaiador.
Dr. Abílio Corrêa da Silva Marçal, 1867 - Republicano e democrata, Presidente da Câmara de Deputados em 1920 sob a presidência do governo e república de António José de Almeida.
Cândido da Silva Teixeira, 1871 - Escritor de carácter monográfico, toda a região em geral e o concelho da Sertã em particular, devem a Cândido Teixeira, uma parte da sua identidade.
Túlio da Costa Vitorino, 1896 - Agraciado pela Sociedade Nacional de Belas Artes e convidado para sócio da International Arts Guild, Monte Carlo (Mónaco), representou o Estado Português na Exposição Colonial de Paris, com o quadro "O Batismo do Negro"
