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Menir da Meada
Nota Histórico-Artistica

O Menir da Meada é o mais impressionante monumento megalítico da região de Castelo de Vide, e o maior menir totalmente talhado pelo homem em toda a Península Ibérica. O monólito, com cerca de 4 metros de altura a partir do solo, 7,15 m de comprimento total e um diâmetro máximo de 1,25 metros, está implantado de forma isolada no patamar granítico do Rio Sever, fazendo parte de um conjunto de antas e menires deste material lítico, estes últimos implantados sequencialmente na linha de contacto entre granitos e xistos que delimita a mancha megalítica da Serra de São Mamede.
Embora sem datação precisa, é seguro afirmar que o Menir da Meada foi erguido em pleno Neo-calcolítico, na mesma altura em que se construíram as grandes sepulturas megalíticas da região, incluindo a necrópole megalítica de Coureleiros. Forma um conjunto com outros menires de grande volume, todos distribuídos com assinalável regularidade ao longo do limite do corredor granítico da serra, delimitando a área sepulcral dos granitos; a sua altura excecional poderá estar justamente relacionada com a visibilidade dos alinhamentos, uma vez que o menir se eleva num outeiro de menor altura em relação aos restantes.
O menir foi restaurado e reerguido na década de 90 do século XX, quando foi possível devolver-lhe a aparência original, unindo-se as duas partes em que se encontrava fraturado aquando da sua descoberta em 1965, e possivelmente desde o domínio romano da região e a consequente intensificação das práticas agrícolas. A pedra apresenta configuração cilindriforme, de nítidos contornos fálicos, acentuados por um ressalto semelhante a uma glande envolvendo a extremidade superior. A superfície alisada teria sido, originalmente, quase polida, sendo ainda visíveis as marcas deixadas pelo instrumento de fricção nas zonas melhor conservadas.
O Menir da Meada, de notável imponência, ilustra de forma singular a importância da região na época pré-histórica, de resto atestada por muitos outros vestígios da monumentalização do território pelas populações locais. Ainda que se desconheça a real dimensão da sua carga simbólica e das suas prováveis multifuncionalidades, este monólito interliga-se perfeitamente no ambiente geográfico e cultural das sepulturas megalíticas da área de influência do Rio Sever, distinguindo-se tanto de forma individual como na relação que estabelece com os restantes monumentos da mesma tipologia. Constitui testemunho privilegiado do ambiente socioeconómico, da capacidade organizativa, das condicionantes naturais, dos conhecimentos, dos sistemas de crenças e do contexto ritual e simbólico da comunidade que o gerou, apresentando-se como uma forma ímpar de expressão do mito pelo homem do Neolítico, e como vestígio material de valor inquestionável no contexto peninsular.
Sílvia Leite / DBC-DGPC / 2013

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