
A Freguesia do Maxial, pertence ao Distrito e
Patriarcado de Lisboa e ao Concelho de Torres Vedras, de cuja cidade
dista cerca de 10 Km para norte. A sua via principal é a EN
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2 que liga Torres Vedras ao Cadaval e a estação do caminho de ferro
mais próxima é a do Ramalhal a 4 Km. O relevo varia entre as cotas dos
50 e 360 metros de altitude e a rede hidrográfica é constituida pelo
rio Alcabrichel e seus afluentes. A população é da ordem dos 4000
habitantes e a sua área é de 28 Km2.
É constituída pelos lugares de Eiras da Palma, Aldeia Grande, Sestearia, Póvoa, Valentina, Ermegeira, Loubagueira, Ereira, Vila Seca, Folgarosa e Casais de Santo António.
O
território que compreende a Freguesia do Maxial, é formado por
sedimentos dos períodos Jurássico superior e Cretáceo inferior. As suas
idades estão compreendidas entre os 160 e 100 milhões de anos. Existem
ainda sedimentos recentes do Quaternário, que são as aluviões do rio
Alcabrichel e de seus afluentes que constituem as várzeas e os fundos
de vales da parte cretácea.
Os sedimentos do
Jurássico são de origem marinha, neles se podem encontrar muitos
fósseis e são constituídos, especialmente, por argilas, margas e
calcários enquanto os sedimentos do Cretáceo são de origem continental
e são constituídos por areias, arenitos e cascalheira de quartzo. Em
"gíria popular" na região chama-se ao jurássico chão de serra e ao
Cretácico chão de charneca.
As povoações da
Ermegeira, Loubagueira, Maxial, Aldeira Grande, Póvoa e Valentina
assentam sobre solo cretáceo, enquanto Ereira, Vila Seca, Folgarosa, S.
António e Sestearia em solo jurássico.
Área Geografica: 28 Km2
População: 2 951
Actividades económicas: Agricultura, indústria, construção civil, comércio e serviços
Património: Igreja matriz, capelas de S. Mateus, de Nossa Senhora de Fátima, de Santa Luzia e de Aldeia Grande, moinhos e azenhas
Artesanato: Cestaria em vime, pintura em barro, sapateiro e ferreiro

Principais Actividades Económicas da Freguesia
Desde tempos remotos que a principal actividade
económica da maior parte das gentes da Freguesia, consistia na prática
da agricultura de subsistência, sendo as culturas principais, a vinha,
o trigo e o milho, seguindo-se a batata, o feijão, o grão e outros
produtos hortícolas. Também existiam variadas árvores de fruto,
figueiras, macieiras, pereiras, ameixeiras, com destaque para a
oliveira cujas azeitonas eram "conduto" umas, e azeite outras, depois
de esmagadas nos lagares (hoje extintos). A criação de pequenos
rebanhos de cabras e ovelhas e ainda outros animais, como o boi, o
porco, o cavalo, o macho, o burro, coelhos e galinhas contribuíam para
a economia rural da freguesia, sendo utilizados na alimentação das
pessoas uns, e nos transportes outros.
No
aspecto industrial, a Freguesia possuía dispersas pelo seu território,
cerca de trinta moinhos de vento e cinco de água (azenhas) que
transformavam o grão em farinha, cujos moleiros nos seus animais de
carga transportavam os cereais ao moinho e depois a farinha à casa dos
fregueses, após deduzida a "maquia" tributo do seu trabalho. Outras
pequenas industrias, como a olaria, com seus artesãos oleiros, os
ferreiros, que fabricavam e reparavam as ferramentas rurais (enxadas
etc.) cutileiros, cesteiros, carpinteiros, tanoeiros e sapateiros,
distribuídos pelos vários lugares, asseguravam as necessidades do povo
rural. Com o rodar dos tempos estas condições alteram-se
significativamente e embora a agricultura continue factor importante na
economia da Freguesia, esta processa-se em moldes diferentes, com
tendência acentuada para algumas culturas intensivas, em virtude do
desenvolvimentos, da mecanização e do mercado existente.
Algumas
culturas ancestrais, como a do trigo e do milho quase desapareceram,
sendo a maior parte das suas terras plantadas de eucaliptos e
pinheiros, culturas presentemente mais rentáveis, constituindo matéria
prima para a pasta do papel.
Morta
a cultura dos cereais, cessa a indústria da moagem, e os moinhos
outrora altivos de alvas velas enfunadas de vento, são agora marcos em
ruína da história de um passado recente.
Actualmente,
para além, da AGRICULTURA TRADICIONAL, outras actividades económicas
surgiram, como a FRUTICULTURA, HORTICULTURA, FLORICULTURA,A VIÁRIOS,
PECUÁRIAS, indústrias de PANIFICAÇÃO, CERÂMICAS, MÁRMORES, e ARTIGOS DE
CIMENTO, oficinas de CARPINTARIA, MERCENARIA, SERRALHARIA, AUTO,
SAPATARIA, CONSTRUÇÃO CIVIL, COMÉRCIO GERAL, etc.